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Passagem da igualdade formal à igualdade real

Por último, foi reiterado que o Grupo deveria garantir a maior participação de homens em eventos ligados à igualdade dos gêneros, tais como aqueles organizados pelo ParlAmericas.

Emprego e autonomia econômica para mulheres

Nessa categoria, as conversas abordaram os seguintes problemas: discriminação na contratação, emprego com base no sexo, maternidade e aparência; acesso limitado das mulheres a capital inicial, terras, recursos financeiros e humanos, bem como ativos de capital como máquinas; falta de orientadores para inspirar e treinar em negócios; e, por último, a carga representada pelo fato de a expectativa ser a de que as mulheres desempenhem papel de cuidadoras dos dependentes (criança, idosos, portadores de incapacidades ou problemas de saúde), que—como no caso da maternidade adolescente—pode levar ao abandono escolar, a uma vida de pobreza e a relegar as ambições pessoais a um segundo plano em detrimento das de outros.

Os delegados sugeriram que individualmente, em suas capacidades, as iniciativas devem focar sobre fazer lobby em suas legislaturas visando modernizar ou ampliar as táticas de aumento da autonomia econômica das mulheres. Houve uma determinação de buscar custeio mais adequado para implantar políticas já existentes, tais como pensão para crianças e donas de casa. Programas inovadores orientados para mulheres em cooperativas e pequenas e médias empresas através do acesso direto a crédito e microcrédito suscitaram o interesse dos participantes. Em termos de treinamento, a priorização recaiu sobre a administração e gestão como habilidades fundamentais para a independência econômica.

Além disso, o treinamento deve ser oferecido próximo às mulheres para que estas não sejam obrigadas a percorrer longas distâncias para acessá-lo.

As ideias mais populares, muitas das quais já foram implementadas em alguns países, incluíram bancos exclusivos para mulheres, oferecendo juros especiais; incentivos financeiros para mulheres empreendedoras e para empresas que contratem mulheres; presunção, pelo estado, da corresponsabilidade pelos bebês; prolongamento dos benefícios sociais para trabalhadoras de meio período; instrumentos para denunciar empresas que diferenciem os salários de homens e mulheres; incorporação de trabalho não remunerado nos orçamentos nacionais; e identificação dos piores salários e condições de trabalho para mulheres. Além disso, o Grupo também considerou importante que o acesso a creches seja reconhecido como sendo diretamente relacionado ao crescimento da autonomia econômica. Por fim, foi sugerida a criação de um fundo regional (a fonte dos fundos ficou por ser determinada) ao qual as legislaturas membros teriam acesso para custear programas de treinamento para mulheres.

Para ações no nível de Grupo, as sugestões incluíram a revisão de todas as leis e políticas relevantes visando criar um banco de dados de conhecimento sobre as melhores práticas relativas à regulação bancária, redução da burocracia, empréstimos flexíveis para mulheres, modelos eficazes para os setores público e privado, e, treinamento em gestão financeira, direito comercial e marketing para empreendedoras. O Grupo deve oferecer treinamento sobre instrumentos que ajudem os parlamentares a apoiar melhores empregos e salários para mulheres. Essa promoção deverá, além