Grandes Histórias escritas por todos nós Grandes histórias escritas por todos nós - edited2 | Page 54
68
mamente de um lado e do outro, não a encontrou. Entretanto,
sentiu-se realizada, ficou feliz, o seu sonho havia se tornado rea-
lidade, deu pulos de alegria, afinal podia ser quem ela quisesse
ser. Andou como se estivesse pisando nas nuvens, conversava
com todos ao seu redor. Era uma experiência verdadeiramente
incrível.
Dias se passaram, Marie começou a sentir saudades de
sua família, dos seus pais, dos seus amigos. Foi então que tomou
uma decisão: era preciso voltar à realidade, mas logo descobriu
que não conseguiria tão facilmente. O desespero tomou conta de
Marie. Ela tentou mandar mensagens, fantasiar, criar momentos
reais e irreais, sem sucesso.
Marie, exausta, caiu em choro profundo, os seus olhos fi-
caram desolados, as lágrimas corriam pelo seu rosto como a lava
de um vulcão em erupção. Os seus batimentos cardíacos ficaram
acelerados, não havia mais nada a fazer. Não encontrava o ca-
minho de volta para casa. A noite caiu, a menina adormeceu nos
seus delírios, ninguém a despertaria do seu sono profundo.
De súbito, escutou uma voz tranquila e suave sussurrando
em seus ouvidos. Logo, abriu os olhos, acordou, descobriu que
toda aquela aventura não passava de um sonho. Marie correu,
pegou o seu livro favorito, algumas folhas de papel, um pincel e
tinta. Naquele instante, não era mais uma menina sonhadora,
era uma mulher que vivia de sua própria inspiração.
Camila Gleice Santos Silva / 9º.Ano A / Matutino