Por isso, o papel dos governos locais, no sistema do conjunto
dos Estados-nação, é claramente emergente e relevante.
Também o são os governos regionais, porém estes entendidos,
cada vez mais, como gestores das interdependências entre os
distintos municípios.
Como conclusão desta seção, é fundamental reter:
O governo relacional assume um papel renovado e uma centralidade social na sociedade em rede, ao considerar-se a articulação
social, a melhoria da capacidade de organização e ação das sociedades, uma responsabilidade pública democrática, com grande
impacto no desenvolvimento humano das cidades e regiões.
No quadro II é apresentado um resumo dos governos-tipo,
a partir dos seus principais elementos distintivos.
As vantagens ou desvantagens de se usar uma concepção ou
outra, desde que sejam rigorosas e se adaptem às regras da
lógica, dependerão da capacidade de previsão das mesmas.
A concepção, apresentada antes, ao destacar como governotipo o provedor, registrou um modo de governar adequado a
outro modelo de governo (racional-legal), porém totalmente
inadequado à nova relação estabelecida com a sociedade civil.
Isso nos serve de alerta para que, ao surgir o governo relacional,
não continuemos utilizando o modelo de governação gerencial
ou que a governança seja considerada, de maneira incorreta,
simplesmente como uma dimensão a mais deste modo de
governar, o que, sem dúvida, dificulta alcançar os objetivos do
desenvolvimento humano.
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Governança Democrática: Construção coletiva do desenvolvimento das cidades