finalidade, as metodologias e técnicas utilizadas buscam articular os recursos públicos de diferentes departamentos (transversalidade) e, inclusive, de distintas administrações (multinível),
com os recursos de diferentes atores privados e de organizações
de voluntariado em projetos com objetivos específicos de
grande impacto na cidadania. As diferentes abordagens têm em
comum cinco fases principais:
Principais fases na gestão de redes
Com a gestão de redes multiplica-se o impacto dos recursos
públicos, ao se articularem de maneira complementar e por
meio de objetivos comuns, com os recursos privados e comunitários. Trata-se, igualmente, de importante instrumento de
agregação de informação e conhecimento de grande utilidade
tanto para o conjunto da rede como para cada um dos atores
integrantes. Neste aspecto, serve ao governo e à administração para qualificar suas decisões políticas. Também facilita
a abordagem de temas complexos, ao permitir tratá-los com
flexibilidade e com responsabilidades assimétricas, porém
compartidas, e proporcionando um marco tanto para a construção de consensos como para conduzir conflitos de maneira
civilizada e chegar a novos acordos. Assim, melhora o conhecimento e a confiança mútua para desenvolver novas ações
conjuntas, inclusive em outros espaços distintos da rede originária. Finalmente, reduz as resistências à implantação de políticas e projetos.
Há, entretanto, obstáculos que podem aparecer na gestão
de redes, como o tempo e o custo associados, necessários para
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Governança Democrática: Construção coletiva do desenvolvimento das cidades