Gassho Sintra, número 2 final | Page 6

6   |  MAIO 2018 MAIO 2018   | 7 O que mudaria no Shorinji Kempo a nível nacional? E a nível internacional? Sem sombra de dúvidas regras duras para os in- cumpridores das obrigações para com a Federação Portuguesa de Shorinji Kempo, assim como para os incumpridores dos princípios básicos de respeito e ética para com os seus semelhantes. A FPSho- rinji Kempo internamente ainda não é reconheci- da, pela totalidade dos responsáveis de secção, como uma Federação, mas como algo que existe para coordenar, organizar e servir de entreposto de correio, e à qual recorremos só quando temos algo do nosso interesse a reclamar ou tecer criti- cas, corretas ou não. É dura, mas é a realidade mui- tas vezes por mim referida quando em reuniões de mestres. A nível internacional talvez devesse exis- tir uma maior facilidade no contacto com mestres de graduações altas, com o intuito de se poderem fazer mais estágios em Portugal com eles. Taikai/Embukai a nível europeu, só possível com a enorme força de vontade e querer patenteada por uma vasta equipa coordenada por mim e pelo inexcedível Sr. Manuel Albuquerque. Recebemos imensos votos de parabéns dos vários kenshi pre- sentes assim como das suas federações, todos os intervenientes acharam que foi muito bom, no en- tanto, e particularmente para nós os dois, poderia ter corrido muito melhor se tivéssemos feito algu- mas coisas de diferente forma. Coisas que ficaram por fazer e dizer e que teriam sido importantes na altura certa. A busca da perfeição é “lixada”, nunca estamos completamente satisfeitos, nem connos- co nem com os outros. Talvez seja, também, este um dos motivos de ainda cá estar, e sim, há e have- rá sempre coisas que ficaram por fazer. Analisando os quarenta anos de Shorinji Kempo em Portugal, o que é que na sua opinião se perdeu no percurso, que deveria ser recuperado e estruturado para os dias de hoje? Aquela que mais rapidamente me vem à memó- ria, é a franca convivência que existia entre todos os praticantes independentemente das secções a que estavam afiliados. Hoje em dia, embora alguns responsáveis se recusem a aceitar, isso perdeu- -se. Não é incomum ver grupinhos da secção A ou B juntos e não interagirem com os elementos de outras secções, e quando por vezes o fazem são rapidamente chamados à atenção pelo seu mes- tre. Estamos, a nível de Federação Portuguesa de Shorinji Kempo, a encetar todos os esforços pos- síveis e imaginários para que seja recuperado esse convívio e a prova disso foi o Gasshuku do ano pas- sado em Porto Covo, em que privilegiámos o con- vívio e que originou que este ano tivéssemos de promover o evento em m