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O que mudaria no Shorinji Kempo a nível
nacional? E a nível internacional?
Sem sombra de dúvidas regras duras para os in-
cumpridores das obrigações para com a Federação
Portuguesa de Shorinji Kempo, assim como para os
incumpridores dos princípios básicos de respeito
e ética para com os seus semelhantes. A FPSho-
rinji Kempo internamente ainda não é reconheci-
da, pela totalidade dos responsáveis de secção,
como uma Federação, mas como algo que existe
para coordenar, organizar e servir de entreposto
de correio, e à qual recorremos só quando temos
algo do nosso interesse a reclamar ou tecer criti-
cas, corretas ou não. É dura, mas é a realidade mui-
tas vezes por mim referida quando em reuniões de
mestres. A nível internacional talvez devesse exis-
tir uma maior facilidade no contacto com mestres
de graduações altas, com o intuito de se poderem
fazer mais estágios em Portugal com eles.
Taikai/Embukai a nível europeu, só possível com
a enorme força de vontade e querer patenteada
por uma vasta equipa coordenada por mim e pelo
inexcedível Sr. Manuel Albuquerque. Recebemos
imensos votos de parabéns dos vários kenshi pre-
sentes assim como das suas federações, todos os
intervenientes acharam que foi muito bom, no en-
tanto, e particularmente para nós os dois, poderia
ter corrido muito melhor se tivéssemos feito algu-
mas coisas de diferente forma. Coisas que ficaram
por fazer e dizer e que teriam sido importantes na
altura certa. A busca da perfeição é “lixada”, nunca
estamos completamente satisfeitos, nem connos-
co nem com os outros. Talvez seja, também, este
um dos motivos de ainda cá estar, e sim, há e have-
rá sempre coisas que ficaram por fazer.
Analisando os quarenta anos de Shorinji
Kempo em Portugal, o que é que na sua
opinião se perdeu no percurso, que deveria ser
recuperado e estruturado para os dias de hoje?
Aquela que mais rapidamente me vem à memó-
ria, é a franca convivência que existia entre todos
os praticantes independentemente das secções a
que estavam afiliados. Hoje em dia, embora alguns
responsáveis se recusem a aceitar, isso perdeu-
-se. Não é incomum ver grupinhos da secção A ou
B juntos e não interagirem com os elementos de
outras secções, e quando por vezes o fazem são
rapidamente chamados à atenção pelo seu mes-
tre. Estamos, a nível de Federação Portuguesa de
Shorinji Kempo, a encetar todos os esforços pos-
síveis e imaginários para que seja recuperado esse
convívio e a prova disso foi o Gasshuku do ano pas-
sado em Porto Covo, em que privilegiámos o con-
vívio e que originou que este ano tivéssemos de
promover o evento em m