A história de 2015 para Marcelo Giacomello começou com uma vitória emocionante e celebração efusiva em Tarumã. Dominou aquele fim de semana, segurando as investidas do campeão Fernando Stedile e, depois, de um novato chamado Lucas Alves. Aí foi só correr para o abraço. Mas apesar de na época a preocupação ser Stedile, Giacomello já estava atento ao carro prateado.
"A dificuldade em disputar com o Fernando vem muito em virtude de aprendermos que ele nunca, em hipótese alguma, vai falhar. Devemos considerar que a equipe vai deixar o carro dele sempre perfeito, e ele vai sempre ter uma tocada perfeita, a cada metro de pista que percorrer", analisou o piloto de Bento Gonçalves. "Já disputar com pilotos jovens e cheios de energia como o Matheus, e especialmente o Lucas, traz desafios diferentes, pois você encontra um adversário no começo da temporada, e outro adversário completamente diferente, mais rápido, consistente e maduro a cada etapa", definiu.
"Ver um piloto tão jovem ter uma evolução tão grande em tão pouco tempo, é mais uma prova da inegável capacidade que a categoria tem em formar esses jovens e preparar para categorias maiores mundo afora. Modestamente, considero nossa equipe a principal adversária destes jovens nesta temporada, e sinto orgulho de estarmos colaborando diretamente para uma verdadeira 'escola de campeões' acontecer na prática", afirma.
Enquanto o mais maduro Alves reagia com vitórias, Giacomello conseguiu garantir pódios importantes, mas passou a segunda metade do ano sem conseguir dar uma verdadeira resposta. Mas veio Tarumã. "Foi especial. Não só pelas circunstâncias de estar com o aerofólio quebrado depois de uma saída de pista, e estar utilizando o motor reserva depois da quebra em Rivera. Mas também em virtude de desde a metade da temporada, não sermos o carro mais rápido na pista", ponderou. "Eu saí do carro com uma opinião, e sigo com a mesma: o cara lá em cima tem o dedo nisso que aconteceu em Tarumã. Senti dentro do carro, durante a pilotagem, e só eu sei o que significou para mim, dentro do capacete, sentir o que eu senti. Não sei explicar", lembrou.
Foi a reação essencial para chegar à finalíssima como líder. Mas são 13 pontos e Giacomello precisa evitar que Lucas complete o fim de semana perfeito. "Em condições normais, o conjunto do adversário o torna favorito, e possibilita fazer o resultado que o deixa com o título. Porém também sabemos os motivos pelos quais chegamos por três temporadas na etapa final vivos na disputa pelo título, e do potencial que temos para lutar de maneira focada e competitiva até o final", projetou.
Lucas Alves
NovoSul Power - Pelotas - 2º lugar - 210 pontos