A judoca, de 29 anos, viveu sempre com a mãe e o padrasto, até descobrir, em 2007, a identidade do pai: Oscar Suca Baldé, ministro das Pescas de Guiné Bissau. Conheceram-se passados cinco anos e, no início de 2013, Taciana Lima conquistou o primeiro lugar no Campeonato Africano, coroado com a medalha de ouro, alcançando, assim, um feito inédito entre judocas guineenses. Para festejar o ouro em Maputo, precisou de derrotar a tunisina Hela Ayari, bicampeã do Campeonato Africano, e a angolana Sabrina Saidi.
Em Junho deste ano, Taciana Lima ofereceu mais uma medalha de ouro a Guiné-Bissau, ao garantir o primeiro lugar na European Cup de Lisboa. A judoca valorizou, portanto, um currículo de
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Setembro, 2013
Guiné Bissau - Judo
respeito, no qual sobressaem a medalha de ouro na Taça do Mundo de El Salvador, há dois anos, e o segundo lugar no Campeonato brasileiro de judo.
Nesta prova, a participação ficou marcada, também, pelo regresso ao tatami, após um ano sem competir, acusada do recurso a substâncias dopantes, algo que Taciana Lima desmente: “O doping foi uma surpresa e é algo que não desejo a ninguém. Fui ao fundo do poço. Depois de uma semana, comecei a reagir e o que me manteve com vontade de treinar foi o apoio incondicional que recebi dos amigos e da Sogipa, um clube extraordinário. Sabia que não tinha feito nada de errado e isso manteve-me, também, a treinar todos os dias”.
A princesa
do Tatami
Mundial no Brasil
O Brasil continua, no entanto, ligado ao destino de Taciana Lima. No próximo dia 1 de Setembro, vai disputar o Campeonato do Mundo de judo, que se realiza no Rio de Janeiro. Neste mesma cidade, poderá representar a Guiné Bissau nos Jogos Olímpicos caso consiga garantir o apuramento para uma das competições mais emblemáticas a nível mundial.
Taciana Lima é a nova estrela do desporto da Guiné-Bissau, depois de ter garantido a nacionalidade deste país, uma vez que o Brasil é o seu país de origem.