Gestão XXXII - Vol.2
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O papel da mulher e o Clube de Mães Zilda Arns
Em pleno século XXI, fico ainda a me perguntar o que nós mulheres, fizemos ou fazemos de nossas vidas para sermos mais valorizadas, reconhecidas e respeitadas?
Estamos terminando o mês de março, mês reconhecidamente
feminino, onde no seu dia 8, comemoramos o dia internacional das mulheres, lembrando nossas bravas antepassadas que morreram num incêndio numa fábrica, solicitando melhores condições de vida! Todo meu respeito às elas, que iniciaram essa luta e toda minha garra de mulher em continuar lutando por uma sociedade melhor para todos, com toda nossa feminilidade, salto alto e batom vermelho!
Uma mulher, quando sai a luta, ela nunca sai sozinha, ela sai por uma mãe, pai, filho, esposo, sobrinho, seu cãozinho ou por uma causa social muitas vezes inimaginável, mas ela sai, nunca desiste. Quando ganha, faz a todos os seus ganharem juntos, pois entende que a felicidade por suas lutas é sempre coletiva!
Com toda esta complexidade da vida de uma mulher, tem
aquelas que optaram em ter filhos, ah nossos filhos!!! É você ser apresentada a um ser que ama mais que você própria, é você chorar para que sua cria ria, é ser mãe. Qual a mãe que nunca rezou, ou pediu, ou gritou a Deus, a Jesus, a Buda, a Alá, a Jeová
ou até a uma força superior, pelo seu filho (a), que a dor, a decepção viesse para nós e não aos nossos amados. Somos protetoras, isso ninguém tira da gente, mas a vida vai nos ensinando que também somos humanas e falhas e que nosso rebanho precisa e é necessário passar por algumas quedas, aprender com o sofrimento, para se tornar fortes para a vida.
Aí de repente, você se vê, fazendo parte de um clube de mães, mas que coisa é essa? Já não tinha tantas batalhas para lutar, agora mais esta? E assim, vamos adentrando ao mundo de nossos filhos, que agora já se encontram na adolescência, e em breve serão homens de caráter, valorosos, pais, responsáveis.
Esse clube de mães, veio nos mostrar como é possível, amar além dos nossos, pois há uma energia toda especial, envolvendo cada menino, que ao colocar sua calça social, sua gravata, seu sapato, seu manto, se transforma, como transforma cada família, cada pai, cada mãe. Cada um deles, se torna aos poucos nossos filhos, onde uma egrégora de bons fluidos impregna o capítulo.
Não tem como não se envolver, torcer e querer todo o sucesso a
estes meninos. Essas mães, presentes ou não, deste mundo ou
do outro, estão juntas sempre, neste laço de amor fraternal em
prol de quem amamos, nossos corações são unos.
Não tem como não se envolver, torcer e querer todo o sucesso a estes meninos. Essas mães, presentes ou não, deste mundo ou do outro, estão juntas sempre, neste laço de amor fraternal em prol de quem amamos, nossos corações são unos.
E o tempo passa, as horas voam, e hoje me vejo aprendiz neste processo de amar o outro, de ser útil, de poder ajudar a cada um deles a ser melhor. Espero, se assim Deus me permitir, poder ver a algum tempo, esses meninos - homens, fazendo desta nova sociedade, um mundo mais humano, mais feliz! Mas, se não for possível, que o mundo receba em suas mãos, esses filhos do Brasil, que farão, com toda a certeza, um outro mundo.
Fiquem com Deus!