Um campeão sem contestação
O peito explode e a pressão é tamanha que o coração desata, bate forte, reproduzindo
a alegria de um torcedor palmeirense que acaba de ver seu time mais
uma vez campeão brasileiro, o maior campeão brasileiro de todos os tempos.
E temos um motivo especial a mais, entre tantos outros: Durante os 22 anos de jejum,
que não cansam de explorar, a mídia só não lembra que, em nenhum momento, durante
todo esse tempo, nenhuma outra equipe ultrapassou o número de conquistas do
verdão. Foram 08 não superadas que, somadas a 03 Copas do Brasil, já haviam trans-
formado o Palmeiras no maior campeão conhecido. Hoje, agrega-se o nono título e
sobe para uma dúzia o número de conquistas.
Aí, não mais que de repente, regrido e descubro que não foi tempo perdido minha
escolha de criança. Mais de setenta anos atrás, dos idos do sistema dois/três/cinco,
dos fora de série Oberdã, Caieira, Junqueira, Og Moreira, Túlio, Valdemar Fiume, Bóvio,
Canhotinho, Lima, Jair, Rodrigues, Liminha, Dema,Turcão, Juvenal, Mexicano, Aquiles e
tantos outros craques. Do campeão da Copa Rio, o primeiro mundial, reconhecido pela
FIFA e vencido pelo Palmeiras, em final histórica contra o Juventus da Itália, o mais
famoso e poderoso time do mundo na época, base da seleção italiana. Do Palmeiras
da Academia, que “ensinou” o país inteiro como dar espetáculo nas quatro linhas e
“encarar” o Santos de igual pra igual, com Pelé e companhia em auge da carreira. Dá
pra falar a semana, o mês ou ano inteiro, sobre tantos shows, no tempo em que tínha-
mos futebol-arte “pra dar e vender”. Hoje, acrescentamos mais uma história à História.
História de vitórias, alegres e soltas ou cheias de sofrimento, “tortura” de uma torcida
que não arreda pé, que se entrega de corpo e alma a uma camisa repleta de triunfos e
glorias. Salve o Palmeiras, campeão brasileiro de 2016. A todos os que sofreram este
ano, como eu, um enorme abraço de campeão. Legítimo e sem contestação.
Arceno Athas - Editor Chefe