A paciência na infância merece muita atenção. Além de gerar conflito
entre filhos e pais. Dicas que irão ajudar na educação da criança desde cedo.
A
frase “paciência é uma vir-
tude” vem se tornando cada
vez mais verdadeira nos
últimos tempos.
Com o advento da tecnologia,
a internet e a rápida troca de
informações por meio dela,
fica cada vez mais evidente
que uma pessoa paciente
consegue se relacionar melhor, não apenas
com outras pessoas, mas também com as
adversidades do dia a dia.
Adultos são geralmente apressados: seja
em uma fila de supermercado, seja em
um semáforo, ou até mesmo na espera de
carregamento de uma página de internet,
esse comportamento apressado pode gerar
um nervosismo mais sensível. E, para os
pais de crianças pequenas, é importante
que eles percebam que tal comportamento
pode estar sendo assistindo, e imitado, por
seus filhos.
Sem a necessidade de referências, muitas
crianças já demonstram impaciência em
alguns atos. Encaixar um brinquedo, remo-
ver uma peça de roupa, conseguir alcançar
algo, entre muitas outras ações. Com a
idade, a criança começa a ter acesso a
sistemas, situações e funcionamento mais
complexos, como jogos com regras mais
rígidas, filas de espera em consultórios
médicos ou supermercados, distância para
chegar em um lugar ou tempo para chegar
em uma data.
A falta de paciência pode gerar uma ansie-
dade que afete a criança naquele momento
e também em situações futuras, assim
como noutras áreas, como o desempenho
escolar. Um estudo realizado pela Stanford
University (Universidade de Stanford)
apontou que crianças com um comporta-
mento mais paciente tiveram desempenhos
melhores que crianças mais ansiosas.
O experimento consistia em um adulto
oferecer um doce para uma criança em
uma sala e informar que ela poderia comer
imediatamente ou esperar para quando o
adulto retornasse àquela sala. Às crianças
que esperassem, seria dado um doce adi-
cional, cerca de vinte minutos depois do
retorno do adulto. Depois de anos, quando
essas crianças completaram a maioridade,
foi atestado que as crianças com mais pa-
ciência tiveram resultados ligeiramente me-
lhores em testes de admissão universitária.
A paciência, no entanto, pode ser cultivada
e praticada pela criança, para que ela se
torne um adulto menos ansioso. Algumas
muitas práticas permitem que essa “virtu-
de” seja melhor compreendida pela criança
em alguns atos e situações comuns a ela.
Um desses é o próprio exemplo. Se os
pais tratam as situações com impaciên-
cia, é muito possível que a criança adote
este comportamento como referência. Na
espera por algo, como um fila, é possível
mostrar que aquela ocasião requer tempo
e espera para que algo seja feito ou conse-
guido. Se os adultos mostram inquietação
e nervosismo com isso, a criança pode
aprender que filas atrapalham, ao invés de
serem organizadoras de algo. Os pais ainda
podem tentar minimizar essa sensação de
espera com distrações, como uma con-
versa, jogos rápidos como adivinhações,
leituras, simples ou passatempos diversos.
Uma repreensão também é um grande
exemplo de tolerância e paciência. Se,
ao encontrar a criança riscando a parede,
os pais simplesmente a repreendem, sem
qualquer explicação, há grandes chances
da criança assim agir quando, por exemplo,
um colega de escola usar um material do
filho, como lápis ou folhas.
Isso não significa que a repreensão não
deve existir, mas, sim, que deve acontecer
com paciência, atenção e esclarecimento,
como, explicar o porquê de não se poder
riscar uma parede. Adicional a isso, os pais
podem mostrar como limpar a parede e, se
for o caso, até ajuda-lo com isso.
Texto: dino.com.br
PACIÊNCIA
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