Dr. Rui Coelho
Uso de Malhas de titânio na
regeneração óssea dos maxilares
O
osso possui capacidade intrínseca para regeneração como parte do processo de
reparação em resposta à lesão ou remodelação contínua durante nossa vida. A
regeneração do osso é composta por uma sequência de processos biológicos que
induzem e conduzem à formação de osso conhecido como inflamação.
Este processo envolve vários tipos de
células e intracelulares e extracelulares vias moleculares de sinalização
com uma sequência temporal e espacial que leva à reparação tecidular. Ao contrário de outros tecidos, a
maioria das lesões ósseas cura sem
formação cicatrizes, e o osso formado tem as mesmas capacidades do
seu progenitor e indistinguível do
mesmo.
Nos últimos anos tem havido uma progressão enorme em técnicas e materiais que conduzam as células ósseas
de tecidos adjacentes que regenerem
áreas, que por diversas razões, deixou
de existir onde outrora havia.
Técnicas de regeneração
O principio de regeneração óssea
guiada estão divididos em utilização
de enxertos autógenos, onde a reparação se limita a recriar anastomoses
entre a rede vascular do enxerto e o
local dador, e a regeneração óssea
guiada onde granulados de várias
origens criam andaimes (scalfods)
onde a nova rede vascular, colagénio
e osteoblastos proliferarão e sofrerão
a calcificação transformando-se em
osso maduro. Porque o turnover celular ósseo é bastante inferior ou do
tecido conjuntivo, para que este andaime não seja ocupado por células de
tecido conjuntivo o recurso a membranas é uma premissa importante.
Para maior adaptação dos materiais
de regeneração estes são apresentados em formas granuladas o que
leva por vezes a uma baixa estabilidade do formato que se pretende ver
regenerado, a reposição dos tecidos
por cima dos granulados e a própria
deslocação por movimento do individuo. Assim a utilização primeiro de
membranas reforçadas com titânio e
malhas de titânio começou a ser uso
comum na manutenção da forma das
áreas a regenerar.
Indicações das malhas
de titânio
As malhas de titânio tem como indicação a regeneração de geometrias
onde não é possível arranjar sustentação no remanescente ósseo e vizinho à área fig. 1, 2, 3, 4 e 5. O crescimento vertical da crista pela técnica
de Tent Pole onde a malha por ajuda
dos implantes ou por parafusos de
osteosintese é suportada de forma a
suportar a estabilidade do substituto
ósseo que é colocado por debaixo
desta fig. 6.
As malhas de titânio podem também
ser usadas para estabilizar substitutos ósseos em alvéolos com deiscências, onde outras membranas não
têm rigidez para devolver a forma do
alvéolo, ou ainda protegendo enxertos autógenos da pressão dos tecidos que podem induzir reabsorção,
ajudando a manter o volume do bloco
enxertado fig. 7, 8, 9.
As malhas de titânio são uma alternativa
ótima aos enxertos de calvarium na reconstrução de paredes do seio que ne-