FORAMEN dental magazine 1. Cirurgia | Page 8

Dr. Rui Coelho Uso de Malhas de titânio na regeneração óssea dos maxilares O osso possui capacidade intrínseca para regeneração como parte do processo de reparação em resposta à lesão ou remodelação contínua durante nossa vida. A regeneração do osso é composta por uma sequência de processos biológicos que induzem e conduzem à formação de osso conhecido como inflamação. Este processo envolve vários tipos de células e intracelulares e extracelulares vias moleculares de sinalização com uma sequência temporal e espacial que leva à reparação tecidular. Ao contrário de outros tecidos, a maioria das lesões ósseas cura sem formação cicatrizes, e o osso formado tem as mesmas capacidades do seu progenitor e indistinguível do mesmo. Nos últimos anos tem havido uma progressão enorme em técnicas e materiais que conduzam as células ósseas de tecidos adjacentes que regenerem áreas, que por diversas razões, deixou de existir onde outrora havia. Técnicas de regeneração O principio de regeneração óssea guiada estão divididos em utilização de enxertos autógenos, onde a reparação se limita a recriar anastomoses entre a rede vascular do enxerto e o local dador, e a regeneração óssea guiada onde granulados de várias origens criam andaimes (scalfods) onde a nova rede vascular, colagénio e osteoblastos proliferarão e sofrerão a calcificação transformando-se em osso maduro. Porque o turnover celular ósseo é bastante inferior ou do tecido conjuntivo, para que este andaime não seja ocupado por células de tecido conjuntivo o recurso a membranas é uma premissa importante. Para maior adaptação dos materiais de regeneração estes são apresentados em formas granuladas o que leva por vezes a uma baixa estabilidade do formato que se pretende ver regenerado, a reposição dos tecidos por cima dos granulados e a própria deslocação por movimento do individuo. Assim a utilização primeiro de membranas reforçadas com titânio e malhas de titânio começou a ser uso comum na manutenção da forma das áreas a regenerar. Indicações das malhas de titânio As malhas de titânio tem como indicação a regeneração de geometrias onde não é possível arranjar sustentação no remanescente ósseo e vizinho à área fig. 1, 2, 3, 4 e 5. O crescimento vertical da crista pela técnica de Tent Pole onde a malha por ajuda dos implantes ou por parafusos de osteosintese é suportada de forma a suportar a estabilidade do substituto ósseo que é colocado por debaixo desta fig. 6. As malhas de titânio podem também ser usadas para estabilizar substitutos ósseos em alvéolos com deiscências, onde outras membranas não têm rigidez para devolver a forma do alvéolo, ou ainda protegendo enxertos autógenos da pressão dos tecidos que podem induzir reabsorção, ajudando a manter o volume do bloco enxertado fig. 7, 8, 9. As malhas de titânio são uma alternativa ótima aos enxertos de calvarium na reconstrução de paredes do seio que ne-