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CONECTADO Preocupação com o meio ambiente não é onda passageira e obriga o setor a repensar seu atual modelo de negócio Gemas criadas em laboratório abrem caminho para a joalheria consciente As gemas cultivadas em laboratório já são uma realidade no varejo de joias. Por pressão dos consumidores, principalmente entre os jovens, fornecedores, varejistas, organizações e mineradoras estão respondendo com tecnologias inovadoras e maior transparência para ajudar a tornar o setor mais sustentável. Uma pesquisa feita da Alrosa e pela empresa GFK para saber se a origem dos diamantes das joias era relevante para a compra, mostrou que 71% dos entrevistados americanos, e 63% dos chineses, querem saber de onde são extraídas as pedras e em quais circunstâncias. As principais preocupações desses consumidores giram em torno do trabalho escravo nas áreas de mineração e a degradação do meio ambiente. O gemólogo Albert Nessim, formado no Gemological Institute of America, explica que o processo de cultivo de pedras preciosas começou há muito tempo, com o topázio, mas o enfoque não era ouro. Os laboratórios se preocupavam em melhorar a qualidade das gemas naturais, dando mais vida às cores, como acontece com o Topázio London Blue e Sky Blue, mas que o preço era caro de se produzir. Segundo estimativas as gemas de laboratório são vendidas por um valor cerca de 42% menor do que as naturais. “Antes o consumidor queria saber se a gema era verdadeira. Hoje se pergunta se para que ele tenha um mimo de luxo vale a pena destruir o planeta. Felizmente, temos tecnologia suficiente para não privar as pessoas da beleza das pedras preciosas, criando exemplares idênticos, com as mesmas propriedades que uma natural. Tudo sem que o planeta corra risco”, afirma o gemólogo. 160