Fluir nº 4 - fevereiro 2020 | Page 6

Isabel Nery, Joana Pontes, Mário Cláudio, Marta Cunha Caldeira, Rui Bebiano, Rui Cardoso Martins, Sandro William Junqueira, Teolinda Gersão, Nuno Vaz, Diana Brígida Correia e Maria João Cortegaça. Uma palavra sobre a capa. A Maria João Cortegaça é uma artista que, por decisão própria, se expõe raramente. O acesso à sua obra é vedado por uma intimidante timidez de intimidade, um secretismo que só grande esforço nosso, por vezes, consegue ultrapassar. Chama-se pudor. É bonito e terrível. Refrescante, num mundo de excesso de exposição, e frustrante para nós, que não penetramos quase nunca no segredo. Não posso, portanto – eu que me extasio com tudo o que a João, a contragosto, consente à sede do meu olhar – explicar o contentamento com que a vi aceitar o convite para criar a capa deste número. Foi, porventura, o tema, mais do que eu, que lhe tocou no interesse. Mais não digo. A capa e a ilustração central, também da sua autoria, falam melhor do que tudo quanto canhestramente acrescentasse. Falam por si. Desejo que, procurando nós fazer sempre melhor, ainda assim a Fluir 4 se instale num canto especial da nossa memória e, de quando em quando, faça valer a pena uma nostálgica revisita. 6