Isabel Nery, Joana Pontes, Mário Cláudio, Marta
Cunha Caldeira, Rui Bebiano, Rui Cardoso Martins,
Sandro William Junqueira, Teolinda Gersão, Nuno
Vaz, Diana Brígida Correia e Maria João Cortegaça.
Uma palavra sobre a capa.
A Maria João Cortegaça é uma artista que, por
decisão própria, se expõe raramente. O acesso à
sua obra é vedado por uma intimidante timidez de
intimidade, um secretismo que só grande esforço
nosso, por vezes, consegue ultrapassar. Chama-se
pudor. É bonito e terrível. Refrescante, num mundo
de excesso de exposição, e frustrante para nós, que
não penetramos quase nunca no segredo. Não
posso, portanto – eu que me extasio com tudo o
que a João, a contragosto, consente à sede do meu
olhar – explicar o contentamento com que a vi
aceitar o convite para criar a capa deste número.
Foi, porventura, o tema, mais do que eu, que lhe
tocou no interesse. Mais não digo. A capa e a
ilustração central, também da sua autoria, falam
melhor do que tudo quanto canhestramente
acrescentasse. Falam por si.
Desejo que, procurando nós fazer sempre melhor,
ainda assim a Fluir 4 se instale num canto especial
da nossa memória e, de quando em quando, faça
valer a pena uma nostálgica revisita.
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