contra o apagamento histórico , social , cultural : restam-nos os livros . Amados e odiados , buscados , reunidos ou banidos , resgatados ou queimados , secretamente recitados , como em " Fahrenheit 451 ", para que nunca se perca a memória das obras , os livros são o que , por vezes incomodamente , nos exige que lembremos .

A Fluir chega ao seu número 10 .

Nem sempre foi fácil , como imaginam , porque nos faltaram , muitas vezes , o tempo ou as melhores condições para esta persistência contra-corrente e alucinada . Mas , não as desvalorizando , ponhamos por um momento as contrariedade entre parêntesis . Eis-nos de novo . Num número sobre o esquecimento , é , talvez , o que vale a pena lembrar .

Detenhamo-nos no trabalho da artista Isa Silva , autora da ilustração da capa , que conhecemos pelos vastos registos na área dos " UrbanSketchers " e do design gráfico ( vale a pena uma visita ao seu site ). Pela pausa nas suas habituais aventuras artísticas , a fim de se dedicar a fazer uma capa em que nos surpreende com uma interpretação pessoal do esquecimento , muito obrigado .

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