Praias
Há poucos registros históricos sobre a Praia dos
Ingleses. Sabe-se que ela carrega esta denominação
por conta do naufrágio de uma embarcação inglesa
na área, entre 1683 e 1737. Estas datas foram
estabelecidas pela análise dos objetos encontrados,
como uma régua de Gunther com a inscrição “1683”,
vasos de cerâmica onde se guardava a água potável
e diversos outros instrumentos náuticos.
Pelas condições em que o leme da embarcação foi
encontrado, sugere-se que houve um incêndio a
bordo. Algumas ossadas foram desenterradas. Elas
pertenciam a homens de 16 a 20 anos – idade
comum dos marujos na época. Os sobreviventes se
estabeleceram na região da Praia dos Ingleses, onde
praticavam a agricultura para garantir a
sobrevivência.
A embarcação está enterrada na areia em
profundidades que variam entre um e oito metros,
com mais dois metros de água por cima – a,
aproximadamente, cinquenta metros da
praia. Descobriu-se este naufrágio em 1989, quando
um mergulhador encontrou uma jarra de cerâmica,
que logo se tornou a primeira pista para
historiadores e arqueólogos.
Surgiram na região alguns engenhos de açúcar e
farinha. Também se criava gado e galinhas. Era uma
região tipicamente açoriana, com intensa atividade
pesqueira.
A Praia dos Ingleses carrega até hoje o título de
recordista em lance de tainha, pois chegou a
recolher mais de 80 mil tainhas em um só lance.
Até 1958, a comunidade que lá se estabeleceu
integrava o Distrito de São João Batista do Rio
Vermelho. Depois disso, passou a ser um distrito
próprio.