Filosofia e Feminismo do pós-guerra capazes de mudar o mundo para sempre
Filósofa existencialista e feminista francesa, nascida em
1908, Simone de Beauvoir foi uma importante pensadora
do pós-segunda guerra mundial. Com ideais feministas, que
se baseiam na capacidade das mulheres em se estabelecer
na sociedade por meio do acesso à educação, suas obras
foram não apenas objeto de estudo, mas serviram na luta
pela igualdade de gênero, nos movimentos feministas da
década de setenta. Sua filosofia permite expor a situação das
mulheres de um modo geral, que vivem oprimidas em
todo o mundo, e mesmo assim, propõe uma solução
àquelas que desejam igualdade.
Nascida em uma família burguesa, estudou em colégios
particulares católicos até os 17 anos. Seu hábito pela leitura
sempre foi incentivado pelos pais, que também cultivavam
um grande gosto pelo universo literário. Durante sua
adolescência, mais precisamente em 1929, ano do crash da
bolsa de Nova Iorque, sua família entrou em crise
financeira e seu pai, advogado, que antes sustentava a
esposa e três filhas, encontra-se agora em uma situação que
definiria o destino de sua primogênita, Simone. Sem
dinheiro para custear os dotes das filhas, George de
Beauvoir está convencido de que apenas o sucesso
acadêmico e desenvolvimento intelectual poderiam salvar
as filhas da pobreza. De fato, o esforço de Simone em
relação à sua formação lhe renderia um diploma no curso
de Filosofia pela Universidade de Sorbonne e um ofício: o
de lecionar.
Sua primeira designação como professora foi celebrada
como a realização do sonho de independência, autonomia
e liberdade pessoal; conceitos que eram primários para a
escritora, professora, filósofa e feminista francesa. Sua
carreira, voltada pra o mundo intelectual e para o estudo da
filosofia garantiu a ela uma vida plena, longe do que a
sociedade da época sugeria. Simone se afastara dos perigos
e das ameaças impostos à sua condição de mulher. Ela não
se tornou a mulher servil perante o marido, à maternidade
e às tarefas domésticas, como se era esperado.
A obra de Beauvoir fora muito criticada, não somente
por sua visão feminista, mas também porque se acreditava
que seus escritos foram influenciados pelos de seu marido,
Jean Paul Sartre. A verdade é descoberta quando se
analisam os textos cronologicamente, percebendo que a
influência acontece de forma mútua entre o casal. Todas
essas evidências confirmam o caráter sexista da sociedade,
que preferiu o julgamento parcial que favoreceu Sartre e o
reconheceu em decorrência da desvalorização de Simone,
uma filósofa de perspectiva diferente, mas igualmente
importante.
Descobrindo a filosofia de ser uma mulher.
Sua obra principal, O Segundo Sexo é fundamentado
na infância e em sua importância para o entendimento da
luta das mulheres, consideradas o sexo frágil, e sua busca
por um espaço igualitário na sociedade. Ao mesmo tempo,
revela por meio de situações vivenciadas por ela e
compartilhadas por outras mulheres, realidades concretas,
e ainda afirma que a libertação feminina pode ser
conquistada não por vítimas, mas por mulheres
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