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Entrevista
Wallace e seus pais. Fonte: Uol Esportes
Falasporte!
Dezembro 2016
“A recompensa no Rio foi essencial e
estava engasgada a um tempo. Veio
para lavar a alma.” O oposto Wallace
foi escolhido o melhor oposto da
competição.
No início de 2016, o atleta deixou o
Sada/Cruzeiro rumo ao
Funvic/Taubaté. A saída de Wallace
aconteceu por conta do ranking dos jogadores da CBV (Confederação Brasileira de
Vôlei (CBV) para a temporada 2016/2017. Os jogadores que disputam a Superliga têm
pontuação de 1 a 7. A soma de cada elenco pode chegar até, no máximo, 40 pontos.
Além disso, um time pode ter apenas três atletas com a pontuação mais alta. O central
Isac recebeu nota máxima no fim da temporada passada. Assim, o Cruzeiro passou a
ter quatro jogadores com nota 7: Wallace, o levantador William, o meio de rede Isac e
o ponteiro cubano Leal. Por possuírem contratos mais longos, Isac e Leal
permaneceram no time. Coube a comissão técnica decidir por abrir mão de Wallace e
continuar com William. Dessa forma, o oposto assinou contrato com o Funvic/Taubaté.
Hoje, ele joga com grandes nomes do vôlei brasileiro: Raphinha, Éder, Lucarelli e o
técnico Cézar Douglas.
Em entrevista para a Falasporte!, Wallace contou um pouco sobre o início de sua
carreira e alguns episódios de sua trajetória esportiva.
F!: Como começou sua carreira como esportista em São Paulo?
W: Comecei na escola e depois fui para o Centro Olímpico e dei início a minha carreira.
F!: De que forma você lidou com o esporte no início da sua carreira como atleta? A sua origem dificultou
sua permanência no vôlei?
W: Meu começo de carreira foi tranquilo. Meus pais me pediram para fazer uma escolha e a escolha que eu
fizesse eu teria que me dedicar ao máximo. Fiz isso e consegui chegar até aqui. Nunca fui de família rica,
mas também nunca passei fome. Meus pais sempre me ajudaram e não deixaram me faltar nada.
F!: Infelizmente, você foi vítima de racismo em um jogo pelo Sada/Cruzeiro. Naquele momento você teve
vontade de interromper sua carreira? De que forma você lidou com essa situação?
W: Não senti vontade de parar. Foi a primeira vez que aconteceu aquilo comigo e eu não soube lidar bem
com a situação. Depois soube tirar de letra e sabia que não seria a primeira vez que estava acontecendo.
Agora se acontecer algo parecido já saberei lidar.
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