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Reportagem Falasporte!
Dezembro de 2016
O Falasporte! conversou com Larissa Brainer, uma das representantes do projeto no Brasil, que ressaltou a importância da união que o projeto traz.‘’ Levamos em consideração características como capacidade de envolvimento da comunidade, IDH, níveis de renda e emprego, de escolaridade, estatísticas de vulnerabilidade social.’’ Ela conta que a metodologia valoriza a história de cada campo ou quadra, que foi construída pelas próprias mãos dos moradores ou vizinhos. A escolha da comunidade pode se dar a partir de quatro fatores: indicação de organizações parceiras locais, indicação do patrocinador do projeto, recebimento de formulário de solicitação diretamente da comunidade, preenchido e enviado por moradores e regiões identificadas pela própria equipe do projeto. Um dos mais difíceis foi, de longe, o Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Por conta das disputas entre policiais e traficantes, o grande desafio era conquistar a confiança das pessoas.‘’ Tivemos que construir a relação do zero. Dessa forma, levou mais tempo para as pessoas se engajarem no projeto e realmente entrarem no clima do trabalho em conjunto’’, relata. Isso fez com que a construção levasse 5 meses e meio mas, felizmente, foi um sucesso.‘’ A partir do momento em que a comunidade entendeu que não era uma coisa de fora para dentro, mas que tinha que acontecer de dentro para fora, tinha que partir do próprio envolvimento comunitário, a participação aumentou do meio para o final.” A love. fútbol atua em países como Brasil, Argentina e Guatemala e funciona como um estímulo para que as comunidades se auto desenvolvam. O projeto já atingiu 22 mil jovens, com 40 mil horas de trabalho voluntário em 21 comunidades parceiras.