F. Magazine Ed. 23 - A revista da joia brasileira | Page 77

“ José Pascoal Costantini - Empresário e Presidente do IBGM “Considerando a crise econômica que o nosso país está vivendo, o setor joalheiro vem sofrendo as consequências de um mercado debilitado que já se arrasta por mais de 2 anos, por ser a joia um artigo de luxo e não ser artigo de primeira necessidade. Já tivemos, há alguns anos, outras crises econômicas que também afetaram o ramo de joias, mas nunca de tão alta intensidade como essa. Contudo, o setor joalheiro tem uma força muito grande para superar mais uma vez essas dificuldades advindas da crise financeira e o brasileiro, como todo povo latino, gosta de joias e aqui nós temos para todos os gostos e bolsos, desde as mais simples até as mais elaboradas. É necessário nos adequarmos à realidade atual do mercado, produzindo peças mais leves, mas com a aparência de joias de maior valor, utilizando pedras de menor custo, mas que as valorizem, talvez essas sejam boas opções para o empresário fabricante, e quem se propuser a isso terá maior aproveitamento das oportunidades. Há uma crise profunda sim, mas não podemos aderir a nenhuma estagnação, não existe nada que não possa ser retomado”. É necessário nos adequarmos à realidade atual do mercado, produzindo peças mais leves, mas com a aparência de joias de maior valor ” Roseli Duque – Empresária, proprietária da Guilherme Duque Joalheiros “Tivemos um primeiro semestre bastante difícil neste ano, o que fez com que enxergássemos as empresas. Provavelmente vamos nos manter assim até setembro de 2017, mas já estou sentindo uma certa melhora. Acredito em uma recuperação lenta, porque vejo as pessoas ainda assustadas e desconfiadas. Então, elas precisam retomar a confiança para que voltem a consumir nossos produtos, porque joias remetem a alegria, felicidade, prazer e o clima tem sido outro. Para a recuperação, o importante é estudar e focar as vendas em produtos que têm mais saída para prover o estoque e apostar na pronta entrega, porque com as peças na mão, há vendas. As pessoas não querem esperar o pedido chegar, vejo isso acontecendo em todo o setor: o consumo imediato. Isso está se refletindo na forma de vender. Vejo que se você captar qual é o produto do momento e tiver para pronta entrega você venderá. Outra questão que precisamos analisar são os preços adequados. Estamos em recessão, então é importante vender peças mais baratas, ou provavelmente ficará com ela parada no estoque”. 147 77