F. Magazine 26 Revista Montada-fm26 | Page 176

CAPÍTULO PRECIOSO “ Em 1963, no entanto, a descoberta de esmeraldas de ótima qualidade, além de tantas outras gemas, possibilitou ao Brasil consolidar-se como um dos mais importantes produtores mundiais de pedras brutas ” Resultado: este grande Centro de Lapidação poderia ter sido brasileiro e um dos pilares econômicos do nosso país. No Brasil, devido a alguns poucos empresários que decidiram permanecer no país, as nascentes indústrias de lapidação e de joalheria não se extinguiram totalmente. Em 1948, restavam apenas seis oficinas de lapidação de pedras coradas. Superada a recessão do pós-guerra, o mercado joalheiro mundial entrou em franca recuperação a partir da década seguinte. Pode-se afirmar que a falta de visão estratégica do governo brasileiro privou o país do desenvolvimento técnico e econômico que adviria da criação de um polo brasileiro de lapidação. Mesmo assim, durante o longo ciclo de prosperidade das décadas de 1950 e 1960, houve uma razoável expansão na área. Entretanto as exportações brasileiras de gemas e joias seguiram medíocres. Em 1963, no entanto, a descoberta de esmeraldas de ótima qualidade, além de tantas outras gemas, possibilitou ao Brasil consolidar-se como um dos mais importantes produtores mundiais de pedras brutas. Mas o país segue sua sina de exportador de matéria-prima. Autora do livro “A Joia: História e Design” (editora Senac em segunda edição), Eliana Gola é formada em Artes Plásticas pela FAAP e também é especialista em Design Gráfico e mestre em Design – Desenvolvimento de Produto pela FAU-USP. Complementou seus estudos em Design de joias e joalheria no Istituto Lorenzo di Médici, em Florença, IT. Atualmente é professora na Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP, e também atua como Designer e Consultora. 174