CAPÍTULO PRECIOSO
“
Em 1963, no entanto, a descoberta de
esmeraldas de ótima qualidade, além
de tantas outras gemas, possibilitou ao
Brasil consolidar-se como um dos mais
importantes produtores mundiais de
pedras brutas
”
Resultado: este grande Centro de Lapidação poderia ter sido
brasileiro e um dos pilares econômicos do nosso país.
No Brasil, devido a alguns poucos empresários que decidiram
permanecer no país, as nascentes indústrias de lapidação e de
joalheria não se extinguiram totalmente. Em 1948, restavam
apenas seis oficinas de lapidação de pedras coradas.
Superada a recessão do pós-guerra, o mercado joalheiro
mundial entrou em franca recuperação a partir da
década seguinte.
Pode-se afirmar que a falta de visão estratégica do
governo brasileiro privou o país do desenvolvimento
técnico e econômico que adviria da criação de um polo
brasileiro de lapidação.
Mesmo assim, durante o longo ciclo de prosperidade das
décadas de 1950 e 1960, houve uma razoável expansão na
área. Entretanto as exportações brasileiras de gemas e joias
seguiram medíocres.
Em 1963, no entanto, a descoberta de esmeraldas de
ótima qualidade, além de tantas outras gemas, possibilitou
ao Brasil consolidar-se como um dos mais importantes
produtores mundiais de pedras brutas. Mas o país segue sua
sina de exportador de matéria-prima.
Autora do livro “A Joia: História e Design” (editora Senac em segunda edição),
Eliana Gola é formada em Artes Plásticas pela FAAP e também é especialista em
Design Gráfico e mestre em Design – Desenvolvimento de Produto pela FAU-USP.
Complementou seus estudos em Design de joias e joalheria no Istituto Lorenzo di
Médici, em Florença, IT. Atualmente é professora na Fundação Armando Álvares
Penteado – FAAP, e também atua como Designer e Consultora.
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