Descobri que, durante a guerra, na demanda por minerais
estratégicos cristal de rocha, mica, tantalita, colombita e
tungstênio o Brasil se fez presente. Eles eram utilizados
sobretudo pela nascente indústria eletrônica, que investia em
extensa pesquisa mineral para identificar importantes jazidas.
A província pegmatítica de Minas Gerais atraiu imigrantes
alemães e libaneses que se dedicaram ao comércio na região
de Teófilo Otoni e, paulatinamente, iniciaram a exportação
de pedras coradas turmalinas, águas-marinhas, entre outras.
Nos anos da Segunda Grande Guerra, a indústria joalheira
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mundial utilizava principalmente o diamante, a esmeralda,
a safira e o rubi, cuja comercialização, com exceção do
diamante, era tradicionalmente comandada pela Índia.
Progressivamente, as gemas brasileiras, pela diversidade
de cor e beleza, começaram a ser utilizadas no mercado
nacional e internacional. No Brasil não existia mão de obra
especializada em lapidação, apenas algumas oficinas com
poucos recursos.
As pedras eram exportadas em estado bruto e, por sua beleza,
rapidamente se tornaram conhecidas dos lapidários europeus.