Explora Web Magazine Volume VIII | Page 30

A base da alimentação em Raja Ampat maneira que há cerca de um século e meio atrás, Alfred Russell Wallace viajou por essas ilhas e mares coletando espécimes (125.660 espécimes, alguns podem ser vistos em museus britânicos). Foram seis anos desbravando o arquipélago malaio que levou este jovem e irreverente naturalista a chegar às mesmas conclusões de Charles Darwin sobre a origem e evolução das espécies. O livro The Malay Archipelago (Editora Periplus) narra em detalhes esta longa expedição de maneira leve e envolvente, capaz de transportar o leitor para os trópicos orientais atuais, apesar do tempo que os separam. Não só o li durante a viagem, como encontrei em meu “amigo Wallace” a resposta para minhas dúvidas sobre fauna, flora e até mesmo o modo de vida. Lembro que após os primeiros dias, fiquei indignada como com tanta terra eles não plantavam nada. Seria o solo ruim? Consultei o livro e uma das passagens Alfred comenta ter emagrecido alguns quilos e da dificuldade em se obter alimentos… Fiquei reconfortada que não fui a única, e assim se passaram 10 dias comendo arroz, ovos, pepinos e salgadinho de arroz em todas as refeições - incluindo café da manhã. Uma dos pontos altos de Raja Ampat é a observação das aves do paraíso, que ocorrem apenas na Papua Nova Guiné e ilhotas ao redor inclusive há uma ave do paraíso na bandeira deste país. Essas aves chamam a atenção pelo acentuado dimor