Explora Web Magazine Volume VIII | Page 26

Casas de palafita são típicas das região longe de ser o centro turístico, com centenas de hotéis, opções gastronômicas e casas noturnas, como sua compatriota Bali. A começar pela peregrinação que se faz para chegar lá. Voos diretos para Sorong (província com aeroporto mais próximo) saem de Jacarta, Makassar ou Manado. Se você quiser aproveitar e dar uma esticadinha a partir de Bali (foi esta minha opção), prepare-se para uma viagem belíssima de 12 horas (incluindo conexões e escalas) sobrevoando desde atóis até cordilheiras nevadas. Na primeira parada, você já consegue contar em uma mão o número de nãolocais nos voos. Não que seja um problema, mas será inevitável não chamar atenção, de observador você torna-se observado. Outro ponto que fica mais difícil é a comunicação verbal, pouquíssimas pessoas falam inglês (sequer nos aeroportos) e somente através da língua universal da mímica que consegui chegar ao meu destino final, Sorong cidade de trânsito para Waisai. A economia de Sorong é movida pelo petróleo e faltam atrativos a um viajante, pelo contrário, é uma cidade perigosa e recomenda-se circular somente o necessário. No porto de Sorong parte diariamente um ferry para Waisai, porta de entrada de Raja Ampat. Mas calma, ainda não acabou! Se você tiver sorte, o pessoal do local onde ficará hospedado estará lhe esperando em um barco no próximo porto. Quanto à acomodação, em Raja Ampat há opções para todos os gostos e bolsos. Existem resorts que oferecem tratamentos de spa, mergulho autônomo e livre, conforto - mas cobram muito bem por isso. Uma outra forma de conhecer este paraíso e a sua cultura local é se hospedar em casas de família (homestay). Na verdade, esta é uma das muitas iniciativas conservacionistas que afloraram na região no início dos anos 2000, quando cientistas começaram a dimensionar a riqueza do lugar e sua importância para o todo, criando e incentivando maneiras das comunidades locais se sustentarem sem precisarem explorar os recursos naturais. Visando financiar essas iniciativas, é cobrado de todo viajante uma taxa ambiental de 500 mil rúpias (moeda local, aproximadamente 50 dólares) que dá o direito ilimitado de entrar e sair de Raja Ampat por um ano. Este dinheiro arrecadado é revertido em educação, acompanhamento médico e odontológico para a comunidade, além de manter o maior parque nacional marinho da indonésia, Cenderawasih Bay. E ir tão longe, valeu a pena? O mar liso e espelhado que cercam as ilhas recortadas em sua base pelo desgaste da água são as boas-vindas ao paraíso e neste momento pude E x p l o r a W e b M a g a z i n e 26