O Arquipélago de
Tamboretes, litoral
norte de SC
autônomo, estabeleci muitos contatos, passei horas
e mais horas debruçado em mapas e coordenadas
buscando pontos, e parti rumo à execução de meu
mestrado em ecologia.
Era um trabalho audacioso, afinal eram
muitos pontos de amostragem, desde as ilhas mais
ao norte do estado, no Arquipélago de Tamboretes,
até o recife rochoso submerso mais ao sul, a Laje da
Jágua. Entre os extremos, totalizavam 14 pontos de
pesquisa, que uniam ilhas costeiras e alguns
parcéis, recifes rochosos totalmente submersos. A
dificuldade estava em criar uma logística de
operação de mergulho em locais onde não existem
operadoras de mergulho para dar suporte, e ainda,
mergulhar em locais nunca antes mergulhados
cientificamente, pouquíssimo conhecidos, e muitas
vezes sem nenhuma referência visual fora da água.
Desafios estabelecidos, era hora de juntar o
equipamento e cair na água.
- Os objetivos do projeto
Basicamente queria conhecer as espécies de
antozoários (corais, anêmonas e gorgônias) que
ocorrem ao longo da costa de Santa Catarina, dos 2
m aos 35 m de profundidade. Mais do que isso, eu
queria entender como essas espécies ocupam esse
ambiente, e se de fato existe uma transição de fauna
tropical para temperada no ambiente marinho. Para
isso eu precisava fotografar muito o fundo
marinho, e instalar diversos sensores de
temperatura pela costa, que ficavam medindo a
temperatura a cada 2