Explora Web Magazine Ano II Volume V | Page 28

já havíamos dado a busca como perdida, nosso guia nos chamou animado, apontando para um amontoado de rochas. Finalmente, ali estava o curioso caranguejo-dos-coqueiros, cujas garras logo chamaram a atenção pelo seu grande tamanho em relação ao corpo. Passamos algum tempo observando e fazendo fotos daquela espécie tão particular. Partimos de volta ao hotel felizes ao sabermos que Niue é, de fato, um dos refúgios dessa espécie tão vulnerável. Populações humanas em Niue Como bióloga, a natureza e a vida selvagem é geralmente o que mais me chama atenção em um novo destino. Em Niue, porém, há tantas particularidades geológicas e biológicas que, logo que comecei a pesquisar sobre a ilha, foi impossível não ficar curiosa sobre as pessoas que vivem ali. Como seria viver em um lugar tão isolado em meio ao maior oceano da Terra? Mais do que isso, como teria sido, para os primeiros exploradores, chegarem e colonizarem uma ilha como aquela? Perguntas como essas só se multiplicaram ao longo da semana que passamos na ilha e com as longas conversas que tivemos com os habitantes de Niue. Ser uma nação formada por uma única ilha não é a única diferença de Niue em relação a outros países-ilhas espalhados pelo Oceano Pacífico. Estima-se que a chegada de populações humanas em Samoa e Fiji, por exemplo, tenha ocorrido entre 3.000 e 5.000 anos atrás. Em Niue, isso aconteceu bem mais recentemente, provavelmente há pouco mais de 1.100 anos, com populações vindas de Samoa e, posteriormente, Tonga. O primeiro europeu a chegar na ilha foi o Capitão James Cook, em 1774, também considerado o descobridor da Austrália, Nova Zelândia e de outras ilhas no Oceano Pacífico. Mesmo para um navegador tão habilidoso e acostumado com a cultura Polinésia, a chegada em Niue não foi fácil, visto que ele teve que desistir de suas três tentativas de desembarcar na ilha, pois não foi bem-vindo pelos moradores. Ele chamou Niue de E x p l o r a W e b M a g a z i n e 28