já havíamos dado a busca como perdida, nosso guia
nos chamou animado, apontando para um
amontoado de rochas. Finalmente, ali estava o
curioso caranguejo-dos-coqueiros, cujas garras
logo chamaram a atenção pelo seu grande tamanho
em relação ao corpo. Passamos algum tempo
observando e fazendo fotos daquela espécie tão
particular. Partimos de volta ao hotel felizes ao
sabermos que Niue é, de fato, um dos refúgios dessa
espécie tão vulnerável.
Populações humanas em Niue
Como bióloga, a natureza e a vida selvagem
é geralmente o que mais me chama atenção em um
novo destino. Em Niue, porém, há tantas
particularidades geológicas e biológicas que, logo
que comecei a pesquisar sobre a ilha, foi impossível
não ficar curiosa sobre as pessoas que vivem ali.
Como seria viver em um lugar tão isolado em meio
ao maior oceano da Terra? Mais do que isso, como
teria sido, para os primeiros exploradores,
chegarem e colonizarem uma ilha como aquela?
Perguntas como essas só se multiplicaram ao longo
da semana que passamos na ilha e com as longas
conversas que tivemos com os habitantes de Niue.
Ser uma nação formada por uma única ilha
não é a única diferença de Niue em relação a outros
países-ilhas espalhados pelo Oceano Pacífico.
Estima-se que a chegada de populações humanas
em Samoa e Fiji, por exemplo, tenha ocorrido entre
3.000 e 5.000 anos atrás. Em Niue, isso aconteceu
bem mais recentemente, provavelmente há pouco
mais de 1.100 anos, com populações vindas de
Samoa e, posteriormente, Tonga.
O primeiro europeu a chegar na ilha foi o
Capitão James Cook, em 1774, também considerado
o descobridor da Austrália, Nova Zelândia e de
outras ilhas no Oceano Pacífico. Mesmo para um
navegador tão habilidoso e acostumado com a
cultura Polinésia, a chegada em Niue não foi fácil,
visto que ele teve que desistir de suas três tentativas
de desembarcar na ilha, pois não foi bem-vindo
pelos moradores. Ele chamou Niue de
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