Baleia-Jubarte
Além de tantas belezas durante os
mergulhos com equipamento autônomo pela
manhã, à tarde uma aventura ainda maior nos
aguardava. Durante esse período, nosso objetivo
era fazer imagens de animais muito mais ariscos
que as serpentes marinhas, apesar de seu tamanho
monumental: as belas baleias-jubarte. Assim como
outras ilhas e regiões costeiras tropicais, inclusive
no Brasil, durante os meses de inverno Niue recebe
a visita desses belos animais, que vêm de regiões
polares em busca de águas mais quentes para se
acasalarem e darem à luz a seus filhotes.
Entramos em um bote inflável e navegamos em
direção ao mar aberto. O piloto do bote e a guia de
mergulho pareciam concentrados, monitorando
continuamente a superfície do mar em busca de
algum sinal das baleias. Borrifos de água liberados
pela respiração, caudas expostas ao ar, saltos para
fora d'água: qualquer movimento vale para
comprovar que uma jubarte está por perto. Para a
nossa alegria, em poucos minutos o piloto sorri e a
guia de mergulho aponta para onde prontamente
visualizamos parte de uma nadadeira levantada na
superfície do mar: havíamos avistado uma jubarte!
Por conta da sensibilidade das baleias à presença
Foto: Daniel Luz/Instituto Pri-Matas
Um fato, porém, nos chamou a atenção no
fundo do mar de Niue do ponto de vista negativo.
Apesar de estar no meio do Oceano Pacífico, onde
muitas ilhas apresentam uma grande quantidade
de corais cobrindo o fundo do mar, em Niue a maior
parte das colônias que encontramos eram
pequenas, e menos abundantes do que
esperávamos. Nossa guia de mergulho nos
explicou que o forte ciclone que devastou a ilha em
2004 também fez estragos na vida marinha,
destruindo muitas colônias de coral. Como muitas
espécies de coral são de crescimento lento, mesmo
passados cinco anos da destruição, os efeitos do
ciclone eram bastante visíveis no fundo do mar.
As águas claras de Niue pemitem o
encontro com as gigantes Baleias Jubarte
E x p l o r a W e b M a g a z i n e 22