Explora Web Magazine Ano II Volume V | Page 22

Baleia-Jubarte Além de tantas belezas durante os mergulhos com equipamento autônomo pela manhã, à tarde uma aventura ainda maior nos aguardava. Durante esse período, nosso objetivo era fazer imagens de animais muito mais ariscos que as serpentes marinhas, apesar de seu tamanho monumental: as belas baleias-jubarte. Assim como outras ilhas e regiões costeiras tropicais, inclusive no Brasil, durante os meses de inverno Niue recebe a visita desses belos animais, que vêm de regiões polares em busca de águas mais quentes para se acasalarem e darem à luz a seus filhotes. Entramos em um bote inflável e navegamos em direção ao mar aberto. O piloto do bote e a guia de mergulho pareciam concentrados, monitorando continuamente a superfície do mar em busca de algum sinal das baleias. Borrifos de água liberados pela respiração, caudas expostas ao ar, saltos para fora d'água: qualquer movimento vale para comprovar que uma jubarte está por perto. Para a nossa alegria, em poucos minutos o piloto sorri e a guia de mergulho aponta para onde prontamente visualizamos parte de uma nadadeira levantada na superfície do mar: havíamos avistado uma jubarte! Por conta da sensibilidade das baleias à presença Foto: Daniel Luz/Instituto Pri-Matas Um fato, porém, nos chamou a atenção no fundo do mar de Niue do ponto de vista negativo. Apesar de estar no meio do Oceano Pacífico, onde muitas ilhas apresentam uma grande quantidade de corais cobrindo o fundo do mar, em Niue a maior parte das colônias que encontramos eram pequenas, e menos abundantes do que esperávamos. Nossa guia de mergulho nos explicou que o forte ciclone que devastou a ilha em 2004 também fez estragos na vida marinha, destruindo muitas colônias de coral. Como muitas espécies de coral são de crescimento lento, mesmo passados cinco anos da destruição, os efeitos do ciclone eram bastante visíveis no fundo do mar. As águas claras de Niue pemitem o encontro com as gigantes Baleias Jubarte E x p l o r a W e b M a g a z i n e 22