A
“
rrume as malas, que semana que vem
estaremos mergulhando com baleias e
serpentes em Niue!”. Foi assim, numa
intimação animada do meu marido, que ouvi falar
pela primeira vez da ilha de Niue. Minha primeira
reação foi ir correndo consultar mapas e sites na
internet para saber mais sobre o local. O objetivo da
viagem me dava uma pista: o Oceano Pacífico.
Pesquisando com calma encontrei a diminuta e
isolada ilha, a leste de Tonga e ao Sul de Samoa.
Diferente dessas e de outras nações insulares do
Pacífico, Niue é formada por uma única ilha, o que
explica seu apelido: “Rocha da Polinésia”, ou
simplesmente “A rocha”. Um verdadeiro pontinho
em meio à imensidão azul do Pacífico!
Por conta da localização remota de Niue,
existem poucas opções de vôo para se chegar à ilha.
Em 2009, na época da viagem, morávamos na
Austrália e fomos até Auckland, na Nova Zelândia,
de onde partimos para Alofi, capital de Niue, num
vôo que só opera uma vez por semana. Olhando do
avião, foi impossível não se encantar com a pequena
rocha oval em meio ao intenso mar azul. A
claridade da água nos permitia ver claramente
manchas mais claras e coloridas sob o mar, que
correspondiam aos recifes de coral ao redor de toda
a ilha.
No aeroporto, fomos recebidos com colares
de flores e sorrisos largos por moradores locais,
acompanhados da saudação local – Fakaalofa Lahi
Atu! O aeroporto, como já esperávamos, era muito
pequeno, assim como a cidade. Notamos várias
construções destruídas pela cidade e o motorista
que nos levou ao hotel explicou que aquilo era
resultado do violento ciclone Heta que havia
passado pela ilha em 2004, destruindo grande parte
do país e vários prédios em Alofi, muitos dos quais
ainda não tinham sido reconstruídos.
A costa da remota Niue
E x p l o r a W e b M a g a z i n e 19