Babinda Boulders e suas pedras recortadas
Mico-Leão-Dourado
concretos destes esforços.
O trabalho para a conservação de micosleões-dourados persiste até hoje, principalmente através da Associação Mico Leão Dourado criada na década de 90. Outras instituições como o IESB e o IPÊ tem propagado este trabalho bem sucedido à outras espécies de micos-leões, levando à criação de unidades de conservação, inclusive particulares( RPPNs), que protegem não só os micos-leões, mas porções significativas dos ambientes naturais.
Essas iniciativas foram o embrião para desenvolvimento de estudos em Primatologia no Brasil e sintetizam o que é conservação biológica: além de populações protegidas em unidades de conservação, os micos-leões são tão famosos quanto o camisa 10 da seleção brasileira de futebol. No entanto, a notoriedade destes micos se deve à sua atraente morfologia e a mais de 30 anos de trabalho contínuo de uma rede internacional de profissionais e organizações. Não sabem nada de pagode ou futebol.
Essa história de sucesso sucintamente descrita aqui não tem a pretensão de esgotar todos os acontecimentos importantes relativos a ela, ou de ser completa. Nem tampouco de passar a impressão de que os micos-leões hoje estão em uma situação segura: há ainda muito que trabalhar para retirar esses primatas das listas de espécies ameaçadas de extinção. A intenção é apenas contextualizar o leitor quanto ao trabalho pioneiro que resulta na sobrevivência desses primatas até os dias de hoje.
Felizmente, há outros bons exemplos de programas de pesquisa e conservação de espécies no país. No entanto, falo dos micos-leões por que mesmo após 50 anos de esforços, ainda é necessário chamar atenção para sua conservação.
Recentemente, foi detectada uma nova ameaça à sobrevivência do mico-leão-dourado: a presença de mais uma espécie exótica de primata em sua área de distribuição. Em 2002 foram observados indivíduos da espécie-irmã baiana, micos-leões-da-cara-dourada, em Niterói, Rio de Janeiro. Os micos-leões-da-cara-dourada são exclusivos da Mata Atlântica do sul da Bahia e extremo nordeste de Minas Gerais. Ou seja, não é uma espécie nativa do Rio de Janeiro.
Inadvertidamente, sem orientação técnica alguma e, portanto erroneamente, alguns
E x p l o r a W e b M a g a z i n e 23