Vivemos em um mundo em que essas duas palavras são muito presentes e pouco compreendidas, devido, muita das vezes, a falta de informação da população e também sua falta de interesse em compreender e muitas das vezes ajudar a pessoa ao seu “lado”.
Para uma mulher por exemplo, travesti é uma mulher ou homem que não fez cirurgia para retirar seu órgão genital, e se sente bem com seu corpo biológico, apenas se vestindo no padrão do sexo oposto. Transexual por outro lado, é algo muito mais profundo do que travesti, tem toda uma parte psicológica envolvida, por exemplo, para que a operação de troca de sexo seja feita é preciso uma avaliação sobre o estado mental da pessoa, se ela realmente quer essa cirurgia – que não tem uma volta – ou se aquilo é algo passageiro, porque transexuais não são pessoas que apenas vestindo a roupa do sexo oposto vai se sentir confortável, são pessoas que sentem que o corpo que tem não é o mesmo que sua mente pertence.
Aqui no Brasil diversos transexuais tem se destacado na mídia, e não tem se calado quanto a sua escolha. Temos o filho da Gretchen, um transexual assumido que está passando pelo processo de transição. Antes de se assumir trans, ele era uma das primeiras lésbicas assumidas da mídia e veio sempre quebrando os tabus impostos pela sociedade.
Atualmente também tem se destacado a Candy Mel, mulher trans vocalista da banda uó, uma mulher belíssima, digna de respeito e justiça.
Por falar nela, Mel Gonçalves, mais conhecida pelos fãs como Candy Mel, é uma transexual de 21 anos, nascida em Goiânia e que atualmente é vocalista da Banda uó. Tudo deu início quando Mel tinha seus 10 anos, ela percebeu que não se sentia tão bem assim com seu corpo, então, junto com uma parte de sua família que a apoiou, ela foi pesquisando e conhecendo mais sobre o assunto. Sua mudança teve início logo na adolescência onde começou o tratamento hormonal, e chegando em sua idade adulta ela fez a cirurgia de troca de sexo para se sentir totalmente mulher e sentir que seu corpo se assemelha a sua mente.
Assim como ela, as pessoas trans e travestis tentam buscar seu espaço na sociedade no meio das confusões e dificuldades encontradas para arrumar emprego, convivência com as pessoas ao seu redor e na sociedade como um todo. Enquanto não existem leis efetivas que realmente protegem essa comunidade, os transexuais e travestis continuam lutando dia-a-dia contra os preconceitos, dando a volta por cima e vivendo a sua vida finalmente em paz.
Travestilidade, Transexualidade, você sabe a diferença?
por Bruna Fernandes