Porém, sua carreira foi admirada e elogiada por Vitor Hugo e Gustave Flaubert. Algumas de suas publicações introduziram novos elementos na linguagem poética, explorando as analogias ocultas do universo. Baudelaire foi o escritor que conseguiu ousar e mostrar algo diferente do que era visto em sua época, lançando-se também como crítico de arte. Nesse momento, o poeta tornava-se um crítico que buscava um princípio inspirador e coerente nas obras de arte. Baudelaire atuou como tradutor de Allan Poe a partir de 1848. Vemos outra personalidade do poeta em Os Paraísos Artificiais, ópio e haxixe (1860) também pode se encontrar obras de sua autoria com uma forma intimista e confessional, como Meu Coração Desnudo e Diários Íntimos.
Baudelaire é tido como um dos maiores poetas da França até hoje. Alguns o vêem como um introdutor do parnasianismo ou um romântico exacerbado. Pela sua ousadia tornou-se um ícone no século XX influenciando toda a poesia do mundo com tendências simbolistas, inclusive no Brasil com Teófilo Dias. Ele foi precursor de uma linguagem moderna no romantismo, de um lado um herdeiro do romantismo obscuro de Allan Poe e de outro, um poeta que não aceita o sentimentalismo redundante do romantismo francês. Seus últimos anos foram obscurecidos por doenças de origem nervosa. Após uma vida repleta de atribulações, Baudelaire morreu em Paris, no dia 31 de Agosto de 1867. O real reconhecimento de seu talento e de suas obras só veio após a sua morte.