Todo mundo comentava O sucesso daquele pobretão Que estava quase morto E que agora não mais não Todo mundo queria saber O que fez para enriquecer Qual era o segredo afinal?
Só podia ser algo mal Negócios com o nhoso Aquilo era algo normal Um caminho de preguiçoso Os vizinhos comentavam Alguns até desconfiavam Aquilo era algo perigoso.
Mas o fazendeiro dengoso Não tava nem ai pra falação Tudo que queria era viver Sua vida com amor no coração Com a terra prosperando Com lindos filhos chegando E a linda esposa apaixonada.
Já não pegava na inchada Tudo ali dava sem querer Era um milagre dos céus Tudo ali vinha a crescer Até mesmo suas terras Ricas e livres das feras Nada parecia corromper.
A felicidade daquele ser Até o dia da grande festa Que aconteceu na cidade Foi um cuspe na testa Que o fazendeiro se deu O que prometeu, esqueceu Há muito tempo pra mulher.
Antes de palavra qualquer Vale a pena um pouco narrar O que levou o fazendeiro A solene promessa quebrar Tudo por causa da mania De poder e da soberania Que veio a se acostumar.
A esposa quis dançar Mas isso ele não fazia
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Também não quis deixar E a pobrezinha insis a Ele já nha umas bebido Tinha até se arrependido De ter ido à comemoração.
Na mulher deu safanão E no meio de todo mundo Chamou sua atenção Disse palavrão e absurdos Falou mal de sua origem Que vinha d’ água de fuligem E isso a deixou revoltada.
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E na hora menos esperada Levantou-se de seu lugar E foi seguindo seu caminho Ele tentou se desculpar Mas ela não queria saber Das suplicas daquele ser Que já não se importava.
Nas margens do rio estava Virada para todos que assis a A cena que se desenrolava Tirou tudo aquilo que ves a E olhou para ele muito sério Virou peixe, foi-se o mistério Nenhuma palavra se ouvia.
Ela começou: quem diria Que quebraria a sua promessa Agora é minha oportunidade De par r com toda pressa Voltar para saudoso lar De onde conseguiu me rar
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Sem ao menos perguntar.
E antes de con nuar Saiba que tudo que trouxe Com certeza vou levar Para ver que não é doce Esse po baixo de a tude Que é pico de gente rude Fique como te encontrei.
Depois disso, tudo que sei E que a mulher formosa No rio mergulhou E logo se viu a cauda jocosa O fazendeiro ainda tentou Mas como tudo fracassou A mulher não perdoou.
O fazendeiro chorou Ela não quis saber E os filhos começaram A no rio desaparecer Logo depois a plantação E tudo mais desse varão Foi sumindo lentamente.
O fazendeiro descontente Viu sozinho e sem ninguém A casinha podre voltou No bolso, nem um vintém Nem mulher, nem alegria Nem dos filhos a gritaria Já não era mais alguém
O povo foi embora também Deixando o pobre sozinho Com os próprios pensamentos Sem chão e sem caminho Com o peso do arrependimento Nublando o discernimento De seu próprio julgamento.
Nunca mais aquele jumento Julgou a origem de ninguém Nem os demais menosprezou Pois havia aprendido também Não importa de onde viemos Ou que forma que nascemos Todos, respeito merecemos.
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