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Ensaiando para ensinar

Texto e foto: Franciele Moraes

Alegria, tristeza, surpresa, raiva. Em cima do palco, tudo pode acontecer... por meio de uma realidade inventada. No teatro, quando as cortinas se fecham, o único som que se ouve é o de aplausos do público. Quem conhece bem essa experiência, é a atriz Jacqueline Rosa, que foi para além dos palcos: ensina pessoas de todos as idades sobre o mundo das artes cênicas.

Após fazer o magistério, Jacqueline percebeu que a linguagem do teatro era algo interessante de ser trabalhada com as crianças e, a partir daí, surgiu seu amor pela segunda arte. “É por aí que eu vou, vou me dedicar a aprender teatro para dar aulas”. Então, ela decidiu ir para Porto Alegre, em 1986, onde trabalhou com o grupo “Ói Nóis Aqui Traveiz” por cinco anos. Ela também fez atuações em salas e, principalmente, resgatando o teatro de rua, que para Jacqueline é algo especial, “pois pega as pessoas de surpresa”.

Sobre sua participação no “Ói Nóis Aqui Traveiz”, a atriz destaca duas peças nas quais atuou: “A exceção e a regra”, de Bertolt Brecht - trata do julgamento de um comerciante rico, o qual durante uma viagem de negócios pelo deserto, matou o homem que lhe servia de carregador e guia. Além dessa, trabalhou também em “Antígona", de Sófocles, cuja história é a de uma jovem princesa que enfrenta a ordem do rei Creonte de deixar seu irmão, um guerreiro, sem sepultura e é deixado para que animais o dilacerassem

Logo, a professora mudou-se de Porto Alegre para Sampa, em São Paulo, onde permaneceu de 1991 até 1996. Durante esse período, a voz da atriz foi a sua principal ferramenta: realizou dublagens de filmes e desenhos animados nos estúdios Álamo, Mastersound, BKS, Dublavideo e Megasom. “Foi uma experiência bem legal, porque dei vazão a criatividade da voz e manter ela é o mais difícil”.

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