Escola De
Artes
D
Memória descritiva
evido à excelente localização deste projecto, esta intervenção proporciona a observação da paisagem sem interferir na mesma. O conceito impinge a negação da paisagem ao interior dos volumes das aulas, oferecendo ao exterior um leque
de vivências e experiências através de percursos dinâmicos e zonas de descanso ao longo do mesmo.
Esta escola de arquitectura e design está dividida em duas zonas distintas. Uma zona de aulas e outra de serviços, estando a zona de serviços na cota mais alta e os vários blocos das aulas espalhados por vários socalcos, interligados por percursos dinâmicos cheios de vivências.
O volume de serviços está orientado diagonalmente para Portimão, criando um eixo visual imaginário até à cidade. A planta deste volume tem a forma de um quadrado, e a subtracção dos pátios oferece iluminação ao edifício, proporcionando espaços agradáveis para as pessoas que passam pelos mesmos.
Em relação aos vãos deste edifício, a ideia surgiu do recorde criado nas entradas para os volumes das aulas. Com vãos de um ou dois metros de largura e recuados cinquenta centímetros em relação à face exterior do edifício, o edifício fica protegido da insolação e ao mesmo tempo dá uma ideia do mesmo estar recortado. Já os volumes das aulas têm fachadas cegas, onde é negada a paisagem. Cada um destes volumes possui um pátio central para iluminar e ventilar os espaços interiores.
Os socalcos criados possibilitam com que a paisagem nunca seja negada ao peão. As paredes do socalco inferior oferecem sempre uma guarda ao socalco de cima e nunca obstruem a paisagem.
Os arranjos exteriores foram feitos de modo a unir os vários volumes do edifício de forma contínua e rápida, mas ao mesmo tempo oferecendo um leque de vivências do espaço e da paisagem, criando assim um percurso dinâmico onde as pessoas podem caminhar pelas orientações impostas ou simplesmente perder o medo de pisar a relva e repousar em bancos que dão continuidade aos percursos.
Este projecto oferece aos estudantes um espaço “inspirador”, onde não é só chegar a um edifício e simplesmente ter aulas. São alunos de arquitectura e design e por vezes precisam de espaços onde não estejam encurralados pelos problemas e o stress do “dia-a-dia”, para poder dar asas à imaginação e à criatividade.