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4 A Voz dos Reformados | Janeiro / Fevereiro 2024
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Os reformados , pensionistas e idosos e
O que vamos eleger a 10 de Março ?
Com o nosso voto vão ser eleitos 230 deputados , pelos diversos círculos eleitorais e para um mandato de quatro anos . A composição da futura Assembleia da República determinará , a partir dos seus 230 deputados , o rumo político do País , e , desde logo , se será dada voz e resposta às reivindicações do MURPI , por melhores pensões , mais saúde , fruição saudável dos tempos livres . O nosso voto não elege um primeiro-ministro , mas deputados . O nosso voto não pode ser dado em função dos que se apresentam como candidatos a primeiro-ministro ou condicionado pelas sondagens .
Quais são as competências da Assembleia da República ?
• Elaborar e aprovar leis
• Votar o Orçamento do Estado
• Fiscalizar a ação do governo
• Apreciar as petições dos cidadãos ( entre outras )
Os deputados dos diversos grupos parlamentares podem fazer perguntas ao governo , apresentar projetos de lei , propor debates parlamentares sobre problemas concretos , propor alterações a decretos do governo .
Como escolher ?
A decisão que temos pela frente deve ser feita em função dos nossos interesses enquanto camada social muito importante . Temos pensões baixas . Quem se bate pelo seu aumento extraordinário ? Temos filhos e netos . Quem defende a valorização do trabalho e dos salários ? Precisamos de melhor saúde . Quem defende o Serviço Nacional de Saúde ( SNS ) com mais profissionais e meios ? Temos netos pequenos . Quem defende a Escola Pública ? Sabemos que para melhorar as nossas vidas temos de continuar a lutar . Quem tem estado connosco nessa luta ? Queremos um presente e um futuro melhores . Quem defende os valores de Abril ?
Os partidos são todos iguais ?
Os partidos não são todos iguais e temos que saber distingui-los ! É preciso procurar informação alternativa à que nos é dada pelas estações de televisão e outros órgãos de informação . Por eles não teremos a informação necessária para avaliar a posição de cada partido na AR , nomeadamente quando se discutiu o valor dos aumentos das pensões e das reformas ; a necessidade de serviços públicos de saúde de proximidade , com mais médicos e enfermeiros ; a necessidade de travar o aumento do custo de vida ; mais benefícios para os escandalosos lucros da banca e dos grupos económicos .
O nosso voto é útil para quem ?
O nosso voto não pode ser só útil para quem o recebe , ele tem de ser útil para a vida de cada um de nós . No dia a seguir
temos de saber se ele é usado para dar mais força aos nossos direitos ou se vai ser traído .
O voto pode ser útil para quem quer pôr o « conta-quilómetros a zero », com novos ou velhos protagonistas para fazer esquecer as responsabilidades que têm no empobrecimento dos mais idosos , ou útil para mudar de política .
O voto pode ser útil para promover os que fazem discursos populistas e com a voz grossa sobre as injustiças , os problemas da saúde ou a corrupção , quando vieram da « barriga » e estiveram no centro dessas opções e querem privatizar a saúde , que depois
será só para os ricos . Não é seguramente útil o voto para os reformados , pensionistas e idosos .
O voto pode ser útil para ressuscitar os que , no tempo da troika ,
cortaram nas pensões e queriam cortar mais , ou o voto útil para garantir uma política alternativa que garanta as nossas condições de vida e um futuro melhor para os nossos filhos e netos !
O voto pode ser útil para quem quer manter tudo na mesma ou
o voto útil para retomar os caminhos que Abril abriu de progresso , participação e paz .
O voto tem de ser útil para penalizar aqueles que dramatizam o envelhecimento da população , para aumentar a idade de reforma e cortar no valor das pensões com desvalorização do seu poder de compra e particularmente das que resultam de longas
carreiras contributivas ou verdadeiramente um voto útil para romper com esta política de empobrecimento dos reformados , pensionistas e idosos .
O voto pode ser útil para dar força aos que querem continuar
a concentração de riqueza nuns poucos ou um voto útil para combater as injustiças e desigualdades crescentes na sociedade portuguesa .