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MI N AS
B RASILE IRAS
Agora são 600 Minas Brasileiras
A tradicional pesquisa 200 Maiores Minas Brasileiras da re-
vista Minérios & Minerales deu um salto nesta edição para 600
Minas Brasileiras — graças ao decidido apoio do DNPM-MG, na
pessoa do Superintendente Pablo Cesar de Souza, que encam-
pou nossa iniciativa de bate pronto.
A listagem organizada por Ivan Jorge Garcia, chefe do Servi-
ço de Extensionismo Mineral, apresentava centenas de minas no
Estado de Minas Gerais. Por falta absoluta de espaço editorial, a
revista teve que excluir as minas que produziram menos de 10 mil
t/ano. O trabalho aqui publicado inclui minas classificadas como
grande, média e pequena em Minas Gerais pelo DNPM, que so-
madas com a pesquisa 200 Maiores Minas no País pela produção
ROM em 2007, que fazem parte do levantamento da revista Mi-
nérios & Minerales, totalizam 600 minas brasileiras.
Em 2019, temos em mira replicar essa pesquisa em São Pau-
lo, Goiás e Mato Grosso.
Um aspecto que salta à vista é a importância da mineração
de médio e pequeno porte, pelo número de unidades produti-
vas, atuando geralmente em minerais não metálicos e agrega-
dos. Este é o segmento que mais sofreu com os anos recentes de
recessão econômica, com a retração das obras de infraestrutura
nos três níveis de governo.
Dependerão dos novos gestores que assumirão o Governo
Federal e as administrações estaduais, as articulações necessá-
rias para acelerar a retomada da economia e fazer decolar os
programas de Concessões e PPPs — postos como elementos
chaves para um novo ciclo de modernização da infraestrutura
no País.
O governo atual publicou nesse final de ano editais para con-
cessão de 12 aeroportos, quatro portos e a Ferrovia Norte-Sul
(FNS), como parte do PPI, cujas licitações estão previstas para
afinal de março de 2019. A FNS é uma concessão de 30 anos
da linha de 1.537 km - de Porto Nacional (TO) a Estrela D’Oeste
(SP), que demandarão investimento previsto de R$ 2,8 bilhões.
Os aeroportos serão ofertados em três blocos — Nordeste, Su-
deste e Centro-Oeste, com outorgas mínimas no total de R$ 2,1
bilhões por 30 anos.
Ao longo de 2019, o PPI dará continuidade no setor rodo-
viário às concessões entre as quais está o eixo ligando BR-381
e BR-262, de Belo Horizonte (MG) até a divisa do Espírito Santo,
com 485 km. Em ferrovias, será a vez da Ferrogrão, destinado ao
escoamento de grão de Mato Grosso, a ser implantado com re-
cursos de tradings, e da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste.
O governo eleito no Estado de São Paulo herdou um pro-
grama de concessões e PPPs avaliado em R$ 23 bilhões, a mé-
dio e longo prazo. Contando com equipe técnica experiente em
concessões cujo primeiro certame foi em 1998, com o sistema
rodoviário Anhanguera-Bandeirantes, há projetos prontos para
licitar como o segundo lote da PPP para construção de moradias
na capital, PPP para concessão de rodovias no litoral e a implan-
tação de três aeroportos no interior paulista.
A pós-eleição trouxe um fluxo continuo de decisões positivas
sobre investimentos pela iniciativa privada. A título de exemplo
citamos a indústria de celulose, onde se destacam três projetos:
*Klabin mantém plano de instalar nova linha para produzir celu-
lose marrom integrada a duas máquinas de papel, envolvendo
inversão de US$ 2 bilhões
*Eco Brasil Florestas e a indiana Aditya Birla negociam a constru-
ção de fábrica de celulose solúvel, projeto estimado em R$ 1,2
bilhão que pode produzir em 2021
*Lenzing da Austria e a Duratex planejam alocar US$ 1 bilhão
numa fábrica de 450 mil t/ano de celulose, no Triangulo Mineiro
(MG)
A indústria imobiliária tem dado sinais que vai acelerar os
lançamentos em 2019. Na cidade de São Paulo, 18 mil unida-
des foram lançadas de janeiro e outubro, 21% acima do igual
período do ano anterior. A Cyrela vendeu nos últimos 12 meses
R$ 800 milhões. A Gafisa lançou até setembro R$ 609 milhões,
31% a mais do que 2017. A Exto lançou R$ 580 milhões. A EZTec
somou R$ 753 milhões em lançamentos e planeja alcançar R$
1,5 bilhão em 2019.
A aceleração nas atividades de infraestrutura, construção
industrial e imobiliária significa a retomada da mineração, em
especial dos não metálicos, incluindo produção de cimento, com
reflexos positivos que se estendem às indústrias metalúrgicas e
siderúrgica.
A confiança está de volta para expandir a economia do País,
da qual as obras de infraestrutura, a construção de novas plan-
tas industriais, a construção imobiliária e a cadeia de produção
dos equipamentos e insumos — incluindo a mineração - são
partes essenciais. Que venham as reformas estruturais para dar
vida longa ao novo ciclo de crescimento.
Números consolidados de investimentos - 200 Maiores Minas Brasileiras
Consolidated Investment - 200 Largest Mines in Brazil
- NÚMERO DE MINAS VALOR
Investimento total 2018 Total investment 34 R$ 876.570.194,18
Investimento total 2017 42 R$ 1.057.620.084,80
Total investment
22 |
OUTUBRO / NOVEMBRO | 2018
Number of mines
value