MI N ÉR I O
D E
F E R R O
CSN fará ampliação da Casa de Pedra com 2 novas unidades industriais
Augusto Diniz – Congonhas (MG)
Foto:
Divulgação
/
CSN
Complexo da Casa de Pedra da CSN
12 |
OUTUBRO / NOVEMBRO | 2018
O programa prevê ainda a implantação de uma segunda unidade
industrial para processamento do itabirito, depois que a primeira esti-
ver operando.
A primeira planta de itabirito, com capacidade de produção de 10
milhões de t/ano, em fase de engenharia conceitual, tem seu ramp up
programado para o segundo semestre de 2021 e atingirá seu pico de
produção em 2023.
A CSN Mineração tem atuado em várias frentes para tornar sua
planta de Casa de Pedra, em Congonhas (MG), mais produtiva e efi-
ciente. Os projetos vão desde a abertura de nova jazida e construção de
mais duas unidades industriais, passando pela melhoria da qualidade
do minério de ferro até a disposição do rejeito de forma mais segura.
Em Casa de Pedra se extrai minério de hematita, mas projeta-se
trabalhar também com o itabirito a partir de depósitos mapeados, o
que geraria ampliação da planta.
Em 2016, a produção da Casa de Pedra atingiu 32 milhões de t/ano.
Ano passado, chegou a 30 milhões t/ano – a queda se deveu ao foco na
qualidade do minério; o resultado em termos de rentabilidade, porém,
foi melhor, com otimização e maior controle do processo produtivo, de
acordo com a mineradora.
A CSN Mineração havia efetuado avaliação econômica nas áreas
licenciadas para a mineração em Casa de Pedra e, por conta do resulta-
do, a empresa passou a desenvolver projetos para ampliar lavra e be-
neficiamento. A expectativa da empresa em 2030 é chegar à produção
de 50 milhões t/ano.
A mineradora informa que está em andamento até 2019 investi-
mentos ainda na planta central para otimização da performance de
qualidade. Mas com a viabilidade geoeconômica de jazidas nas áreas
licenciadas de mineração na Casa de Pedra, a empresa pretende inves-
tir em torno de R$ 1,4 bilhão numa planta industrial de beneficiamento
de itabirito, que deverá operar em 2021 - hoje, ela encontra-se em fase
de desenvolvimento de engenharia.
Essa unidade industrial deverá ter tecnologia de processo diferente
da existente, já que o itabirito (com menor teor de ferro) será a rocha
beneficiada. Porém, a incorporação de tecnologias no processo permi-
tirá melhorar a qualidade do produto final.
Unidade atual passa por otimização
de performance
A segunda planta de itabirito terá capacidade de produção de 20
milhões de t/ano, com seu ramp up programado para o segundo se-
mestre de 2024 e alcance de sua produção nominal em 2026. Entre
2028 e 2029, a planta central, que atualmente processa minérios com
teor médio de 55% de ferro, passará por adaptações de rota de pro-
cesso para também receber run of mine com teores da ordem 42% de
ferro e produzir 20 milhões de t/ano. São estimados investimentos de
aproximadamente R$ 2 bilhões nessas outras duas fases.
Em termos gerais, os três projetos vao incorporar operações unitá-
rias de britagem e peneiramento para fragmentação do run of mine. O