Edição do dia 22 e 23 de junho de 2019 8.121 | Page 4

4 GERAL São Luiz Gonzaga, 22 E 23 de junho de 2019 Está encerrando o plantio de trigo na região A longa estiagem obser- vada em junho, depois de um mês chuvoso em maio, permitiu o plantio da lavoura de trigo na região. De acordo com o agrônomo Rafel Hentz, do departamento técnico da Coopatrigo, o plantio desse cereal deve ser considerado finalizado esta semana, embo- ra possam existir retardatários que ainda estão na fase de plantio. Rafael declarou que o trigo plantado com umidade adequada, apresenta boas condições e agora aguarda o melhor momento para a primeira aplicação de nitrogê- nio, mas a maioria do plantio de trigo ainda está na fase de germinação. A dificuldade de ajustar custo com resultado, tem determinado a redução con- tinuada da lavoura de trigo, quadro verificado nos últimos 10 anos. São Luiz Gonzaga, inclusive, foi classificado em passado relativamente recente, como o município de maior produção de trigo no Estado, mas sua posição sofreu considerável redução, perdendo assim a honrosa classificação de liderança nes- se cereal. O preço, este ano ao redor de R$ 40,00, embora considerado favorável, reduz a sobra financeira para o pro- dutor, em função da tecnologia exigida para que a produção seja rentável. Assim mesmo, em junho, vários produtores decidiram plantar o trigo. No entanto, embora essa adesão de última hora, a lavoura de trigo deste ano será menor que a do ano passado. VPB de R$ 600 bilhões deve ser o segundo maior da história O Valor Bruto de Produção Agropecuária (VBP) deste ano, estimado em R$ 600,93 bilhões, está próximo ao recorde al- cançado em 2017, de R$ 604,16 bilhões, que foi o maior desde o início da série em 1989. A alta em relação ao fechamento do ano passado é de 1,4%. De acordo com José Garcia Gasques, coordenador-geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, o montante não deve ficar muito diferente até o fim do ano, uma vez que faltam apenas as culturas de inverno e o trigo para o fechamento. A pecuária vem liderando o crescimento, com aumento real de 4,1%, revelando recuperação da atividade, enquanto as lavouras se mantêm estáveis em relação ao ano anterior com valor parecido ao do ano passado. “Há uma quantidade relativamente grande de produtos que vêm apresentando bom desempenho”, detaca Gasques. “Mas os de maior destaque são algodão, amendoim, ba- nana, batata-inglesa, feijão, laranja, milho, tomate e trigo”. Alguns se recuperaram na comparação com 2018. “Cabe observar, que os resultados favoráveis de feijão e milho devem-se a segunda safra de milho, que teve aumento excepcional de produtividade, e a segunda e terceira safras do feijão”. Na pecuária, o crescimento deve-se principalmente a bovinos, suínos e frangos. Entre esses, o destaque maior é do frango, com crescimento de 13% no valor da produção. As duas atividades com pior resultado são leite e ovos, ambos com redução do VBP. Em relatórios anteriores, os resultados regionais do VBP mostram a liderança do Centro-Oeste, com valor de R$ 171 bilhões; do Sul, R$ 148,8 bilhões; do Sudeste, R$ 57 bilhões; e do Norte, R$ 35,7 bilhões. Entre os estados, a liderança é de do Mato Grosso, com VBP de R$ 91 bilhões. (Resumo de matéria publicada no “Jornal do Comércio”). Apenas duas chuvas este mês, e pequenas Canola e aveias apresentam lavouras em bom estado De acordo com o agrô- nomo Rafael Hentz, as la- vouras de canola e aveias apresentam boas condições sanitárias. As aveias sofreram ataques de lagartas, mas a situação já está normalizada. Rafael acrescentou que o veranico imprevisto de junho, criou condições naturais para aumento na incidência de lagartas, mas a queda que começa a acontecer no clima, ajuda no combate as pragas, declarou o agrônomo. FAO eleva número de animais mortos pela peste suína A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) informou que 3.638.592 suínos já foram eliminados em países asiáticos, por causa da contaminação com a peste suína africana (ASF, na sigla em inglês). O número representa um incremento de 300 mil animais em relação ao levantamento anterior da organização, de 7 de junho. Os dados da organização foram contabilizados até 14 de junho. Segundo a FAO, o balanço da entidade compila informações extraídas dos órgãos federais dos países. A revisão para cima no volume de animais descar- tados em virtude da infecção com o vírus deve-se a elevação no número de casos identificados no Vietnã, que passou de 2,2 milhões de suínos para 2,5 milhões. No país, segundo o Ministério da Agricultura e Desenvol- vimento Rural, a epidemia atingiu mais duas províncias, totalizando 56 regiões afetadas pela doença desde 19 de fevereiro. A situação mais crítica, em termos de extensão, per- manece sendo a da China, onde foi detectado um novo foco da doença, somando 199 focos em 32 províncias, incluindo a região administrativa de Hong Kong. Desde a identificação do surto, em agosto do ano passado, 1.133 milhão de animais foram eliminados, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais do país. Outros focos foram constatados na Coreia do Norte, Mongólia e Camboja. Os dados da FAO divergem das estimativas de mercado, por conta- bilizarem somente os números divulgados pelos órgãos oficiais de cada país. Presidente Ivo Batista comenta divulgação do Plano Safra 2019/2020 O presidente da Coo- patrigo, Ivo Batista, conce- deu entrevistas nesta se- mana, comentado o Plano Safra 2019/2020 divulgado pelo Governo Federal. No anúncio, foi informado que serão destinados R$ 225,59 bilhões em re- cursos para a agricultura empresarial e familiar, dos quais R$ 222,74 bilhões são para crédito rural, sen- do R$ 169,3 bilhões para custeio, comercialização e industrialização, e R$ 53,4 bilhões em crédito para investimentos. Segundo o presidente da Coopatrigo, o plano safra teve mais pontos positivos do que negativos, e foi classificado como um bom plano pelo dirigente cooperativista. O aumento de recursos para peque- nos e médios produtores e a destinação de mais valores para o seguro rural foram dois pontos destaca- dos como positivos citados por Ivo Batista. “Pequenos e médios produtores são os que mais necessitam de recursos de custeio e isto foi contemplado no Plano Safra, inclusive com o aumento da subvenção Ivo Batista do seguro rural”, ressaltou o dirigente. A respeito dos pontos negativos, Ivo Batista acredita que as taxas de juros poderiam ter sido melhoradas para médios e grandes produtores, apesar de que para os pequenos produtores, as taxas foram mantidas com patamares baixos. “O atual governo que recebeu apoio do agronegócio na sua eleição, demonstrou atenção especial ao setor nesta divulgação do Plano Safra”, afirmou Ivo Batista. (Roberto Marques - As- sessor de Comunicação Coopatrigo) A Coopatrigo faz o registro de todas as chuvas na região em que atua. Ao final de cada mês, se tem o volume apurado em cada ponto de pluviômetro. O que temos até o momento, é o resultado de forte estiagem: Bossoroca, 7mm; Caibaté, 5mm; Capão do Cipó, 17mm; Dezesseis de Novembro, 5mm; Mato Queimado, 5mm; Garruchos, 26mm; Pirapó, 6mm; Rolador, 3mm; Roque Gonzales, 3mm; Santiago, zero; Santo Antônio das Missões, 14mm; São José, 2mm; São Nicolau, 3mm; São Gregório, 17mm; Vista Alegre, 5mm; e na sede administrativa da Coopatrigo, em São Luiz Gonzaga, 11mm. Soja caiu 50 centavos, mas a cotação é de R$ 70,00 A cotação da soja teve queda de 50 centavos esta semana, mas ainda se mantém com bom valor, R$ 70,00. O dólar está valendo R$ 3,8290 e o bushel, 9 dólares e 5 centavos. A Bolsa de Chicago operou ontem, com 10 pontos de baixa. Informações do gerente comercial da Coopatrigo, Adriano Carlotto. Chuva desta semana em São Luiz Gonzaga foi de apenas 4,9mm APor enquanto, as chuvas ocorridas em São Luiz Gonzaga, este mês estão longe da média histórica de junho. O solo está perdendo umidade, o que reduz a possibilidade de práticas agrícolas na lavoura. Isso ocorre quando o solo fica seco. Os dias têm iniciado frios, mas ao correr da tarde, a temperatura se eleva. Esse calor pode abrir uma brecha para chuvas, que certamente são muito necessárias. Pery Moraes, profissional que atua na Estação Meteorológica de São Luiz Gonzaga, informa a seguir, as medições aqui apuradas: Quarta-feira, dia 19 de junho Umidade Relativa do Ar Manhã – 90% Tarde – 44% Noite – 70% Temperatura Mínima do Dia – 11,5 graus Tempreatura Máxima do Dia – 20,6 graus Chuva registrada no Dia – 4,9mm Quinta-feira, dia 20 de junho Umidade Relativa do Ar Manhã – 74% Tarde – 49% Noite – 63% Temperatura Mínima do Dia – 19,2 graus Temperatura Máxima do Dia – 20,9 graus Sexta-feira, dia 21 de junho Umidade Relativa do Ar Manhã – 73% Tarde – 57% Esta matéria foi encerrada antes da medição da noite Temperatura Mínima do Dia – 11,5 graus Temperatura Máxima do Dia – 27 graus FecoAgro/RS destaca como positivo no Plano Safra o aumento na subvenção para o seguro rural Apesar da elevação na taxa de juros a entidade acredita que o governo garantiu recursos para o setor que é protagonista da economia brasileira O Plano Safra 2019/2020, anunciado pelo Governo Federal nesta terça-feira, dia 18 de junho, em Brasília (DF), foi dentro do pos- sível, sem grandes surpresas. A opi- nião é do presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/ RS), Paulo Pires. Para o dirigente, o grande fator positivo foi a alocação de pré-equalização do seguro rural de R$ 1 bilhão, valor que significa mais do que o dobro do orçado no ano passado. Pires destacou que o seguro rural é uma política pública impor- tante porque hoje o produtor tem um custo elevado de investimento. “Te- mos que ter um modelo de seguro como qualquer país desenvolvido em agricultura possui. A agricultura é uma indústria a céu aberto, por isso há riscos de ocorrer perdas e estas devem ser pagas através de um fundo ou de uma equalização por parte do governo federal”, salientou. Conforme o presidente da Fe- coAgro/RS, um aspecto negativo desse Plano Safra é o aumento na taxa de juros para o grande produtor de 7% para 8%, assim como para o programa de arma- zéns. No entanto, Pires enfatizou Paulo Pires que o governo sempre sinalizou que tinha a intenção de manter o mesmo volume de recursos e que para isso seria necessário elevar os juros. “Mesmo assim, foram anunciados incentivos im- portantes como, por exemplo, o financiamento para a assistência técnica”, ressaltou. Pires afirmou que o impor- tante é o produtor ter recursos na hora certa, com os volumes necessários que a agricultura demanda. “Afinal, a agropecuária brasileira é a grande protagonista da economia do Brasil nos últimos anos, então para que continue tendo resultado não podem faltar recursos. Acredito que o governo foi muito pontual nisso”, observou o dirigente, saudando a participação do presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, que falou em nome do setor agropecuário durante o lançamento do Plano Safra. “Ele tem um conhecimento extraor- dinário do setor agropecuário brasileiro e principalmente do setor cooperativista do país”, concluiu. (Foto: AgroEffective/ Divulgação - Texto: Rejane Costa/AgroEffective)