Edição do dia 19 de junho de 2019 8.120 | Page 9

RELIGIÕES/AVISOS FÚNEBRES São Luiz Gonzaga, 19 de junho de 2019 9 MISSAS: - Quinta-feira, dia 20 de junho: Corpus Christi. Matriz, com procissão, às 8h. Assentamento Sepé, às 9h. Cristal do Tuchuá e Rincão dos Canudos, às 15h. - Sexta-feira, dia 21 de junho: Matriz, às 19h. LEMBRETE: Pastoral da Pessoa Idosa – PPI: Reunião mensal da equipe paroquial da Pastoral da Pessoa Idosa, será no próximo sábado, dia 22 de junho, na capela do Lar do Idoso, após a missa. Contamos com a participação de todos os que atuam na PPI. Obituários Elvira de Moura Lima Aos 86 anos, a sra. Elvira de Moura Lima, faleceu dia 17, segunda-feira, a zero-hora, no Hospital São Luiz Gonzaga. A fale- cida é viúva do saudoso Fernando Lima. Dessa união, o casal deixa a seguinte descendência: Jorge, casado com Eliege; Vera, esposa de Paulo Ricardo; Maria Eliza, esposa de Paulo; Marisa, espo- sa de Odilon; Neuza, esposa de Nerisson; Rosa, esposa de Beto; Margarete, esposa de Neri; e Elizabete, além de 13 netos e 10 bisnetos. O velório foi na Capela Juchem, onde a família recebeu parentes e amigos. Em conjunto, todos rezaram pelo seu descanso eterno, lembrando que sua numerosa familia é uma continuação de sua vida. O sepultamento foi realizado no mesmo dia, às 17h, no Cemitério de São Luiz Gonzaga. - Pêsames à família enlutada. Assine A Notícia 3352-8400 Porfírio Peixoto Figura pública do Es- tado, Porfírio Peixoto fa- leceu sábado, dia 15 de junho, às 9h, no Hospital Santa Rita, em Porto Ale- gre. Natural de São Luiz Gonzaga, Porfirio faleceu aos 79 anos. Filho do sau- doso casal Cicero e Elvira Peixoto, o nosso conter- râneo fez o curso ginasial no Ginásio Santo Antônio de Pádua, em São Luiz Gonzaga. Formou-se em Economia na Universi- dade Federal de Santa Maria. Ainda estudante, despertou para o empre- endedorismo empresarial e a política, vertentes de atividades que estiveram presentes ao longo de toda a sua vida. Foi assim que, ao mesmo tempo que militava na política estudantil, que na época mantinha grande espaço no Brasil, também se ini- ciava no comércio, como vendedor de máquinas de escrever e calcular, cuja sede era em Santa Ma- ria, sua residência neste período. Concluída a formação de economista, retornou para São Luiz Gonzaga para iniciar-se na política partidária, como integran- te do PTB e ao mesmo tempo como comercian- te, já que conquistara a representação das má- quinas Olivetti para a nossa região. Tocou os dois projetos ao mesmo tempo. Na atividade empre- sarial, criou a empresa Organizações Piratini – Máquinas e Móveis Ltda., para venda dos produtos Olivetti, instalando a loja em sala comercial da família Henrique Stocker, na esquina da Rua 13 de Maio com a Rua Venâncio Aires. Seus principais colaboradores foram Pér- sio Santos, atualmente residindo em São Borja, e Francisco Telmo de Queiroz, já falecido. A empresa cresceu rapida- mente, com filiais em São Borja, Santiago, Itaqui, Uruguaiana e São Ga- briel, o que colocou sua empresa entre as mais importantes da rede Oli- vetti no Estado. Paralelamente, se lan- çou como candidato a vereador, sendo eleito. Com o surgimento do Movimento Político/Militar de 1964, a extinção dos partidos políticos exis- tentes e a formação de duas frentes partidárias, optou pela oposição, par- ticipando da fundação do MDB. Foi um dos seus principais dirigentes nos anos seguintes. Em 1972 concorreu a Prefeito de São Luiz Gonzaga em sub legenda do MDB. Em 1974, concorreu a depu- tado estadual, obtendo reeleição nos três man- datos seguintes. Como deputado constituinte no Rio Grande do Sul, co- laborou na elaboração da Constituição Gaúcha, com 79 emendas. Com a redemocratização, optou pelo PDT, partido liderado por Leonel Brizola, que retornava do exílio. Simultaneamente, a tecnologia criou novos modelos de máquinas de escritório, para escrever e calcular. As maquininhas manuais para cálculos, foi o primeiro sinal. Em seguida, vieram os com- putadores. Para Porfírio, dando outro rumo à sua vida funcional, como con- selheiro do TCE, optou pelo encerramento das atividades da empresa, realizando a venda de sua sede própria, na Rua São João, nesta cidade. Sua última etapa na vida pública foi na con- dição de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, onde teve re- levante atuação, não só como integrante da Corte de Contas do RS, mas também como vice- presidente e presidente do TCE. Aposentado, seu es- pírito de empreendedor forneceu combustível para outra iniciativa em- presarial, a instalação de uma imobiliária em Porto Alegre, que se tornou, desde a primeira eleição para deputado estadual, a sua residência definitiva. Com uma franquia da Au- xiliadora Predial, instalou a desejada imobiliária, que poucos meses de- pois já tinha três pontos comerciais na cidade. No entanto, a recessão nos negócios, sentida forte- mente nesse ramo em Porto Alegre, fez com que recuasse no seu projeto, até determinar o seu en- cerramento, este ano. Porfírio Peixoto vinha seguidamente a São Luiz Gonzaga, para rever ami- gos e a cidade natal, bem como para cuidar dos interesses da família, aqui existentes. Quando programava suas via- gens, avisava o amigo César Vieira Marques para reunir alguns ami- gos para uma rodada de conversa no Restaurante San Francisco, no centro da cidade. Essas reuni- ões sempre foram muito alegres e se estendiam até bem tarde. A marca da austeridade esteve presente em sua vida. Um episódio marca essa condição pessoal de Porfírio Peixoto. Certa vez, um vendedor de sua em- presa, com o propósito de melhorar o lucro na venda de máquinas na região de Jaguari, alterou para cima o preço de equipamento vendido a comerciante da- quela cidade. Ao revisar a documentação da jornada do vendedor, verificou a alteração, para cima, nos preços da venda efetuada naquela cidade. Depois de informar ao vendedor que essa prática não fazia par- te da rotina da empresa, foi pessoalmente até Jaguari para devolver o valor co- brado a maior. Porfirio Peixoto deixa quatro filhos, Liz e Mar- coni, de seu casamento com Isabel Berni Peixoto e Guilherme e Giovana, de seu matrimônio com Maria Elizabeth Ponesso da Sil- va. Deixa também a irmã, Shirley, vários sobrinhos e netos. E uma legião de amigos. O velório foi realizado em capela do Cemitério Ecumênico João XXIII, em Porto Alegre. Estiveram presentes vários políticos de sua época, como foi o caso de Adylson Motta, ex-deputado estadual e fe- deral e ministro do Tribunal de Contas da União; os de- putados federais, Pompeo de Mattos e Afonso Motta; o ex-deputado federal, Carlos Cardinal e o ex-de- putado estadual, João Luiz Vargas; o ex-governador e senador, Pedro Simon, a maioria dos atuais con- selheiros do Tribunal de Contas e vários colegas já aposentados. Ainda a equipe que o assessorou e o acompanharam desde a Assembleia Legislativa até o TCE, bem como o jornalista Francisco Telmo de Queiroz Junior, do servi- ço de imprensa do Tribunal e dezenas de amigos que fez ao longo de sua vida. A encomendação re- ligiosa foi feita por um sacerdote da Igreja Ca- tólica. O sepultamento foi realizado a seguir. - Pêsames à família enlutada.