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Rumo já investiu R$ 6,7 bi VLI moderniza trecho
Desde que assumiu a concessão em 2015, a Rumo já investiu cerca de R$
6,7 bilhões para melhorar e otimizar a operação ferroviária. Os principais recursos
foram destinados para a renovação da frota (aquisição de 2.649 vagões e 178
locomotivas), criação e aperfeiçoamento de pátios de cruzamento e melhorias
em tecnologia e segurança da operação.
Os investimentos na revitalização e expansão estão basicamente direciona-
dos para o escoamento da safra. Somente no primeiro trimestre de 2018, a em-
presa registrou um crescimento de 18% no volume transportado em comparação
com o mesmo período de 2017, totalizando 11,8 bilhões de TKU (toneladas por
quilômetro útil). Entre os principais fatores que impulsionaram o setor ferroviário
estão a safra recorde da soja e novas operações de celulose.
O volume de grãos para o Porto de Santos (SP) segue em expansão. No primei-
ro trimestre a Rumo atingiu o market share de 48%, segundo a empresa, registran-
do um crescimento de 15% no escoamento, reforçando os ganhos de capacidade
e os resultados do plano de investimento da companhia. Para os próximos meses o
cenário se mantém positivo, de acordo com as estimativas da Agroconsult: a safra
de soja 2017/2018 deve crescer 4% no País e 5% no estado do Mato Grosso.
A chamada Operação Norte, que abrange o principal corredor ferroviário de
exportação do País, que liga Rondonópolis (MT) ao Porto de Santos (SP), registrou
um crescimento de 17% nas operações no primeiro trimestre de 2018, no com-
parativo com o mesmo período de 2017, de acordo com a empresa. A expansão
na capacidade permitiu atender o aumento na demanda de soja, milho e açúcar.
Quanto aos produtos industriais, destaca-se a nova operação no transporte de
celulose.
Outro destaque foi o aumento no transporte de combustíveis durante a greve dos
caminhoneiros. No período, houve um aumento de 10% nos carregamentos diários para
manter em funcionamento plantas industriais, dependentes de diesel como combustível.
A operação de combustíveis da concessionária leva os produtos diretamente
da Refinaria de Paulínia (Replan), na região de Campinas (SP), para as centrais de
abastecimento dos municípios de Bauru e São José do Rio Preto (SP).
Nos últimos três anos, o volume de gasolina, etanol e diesel transportado
por trens da Rumo entre São Paulo e Mato Grosso cresceu 25%. Com isso, esti-
ma-se uma redução de aproximadamente 3.900 viagens de caminhões bitrens,
transportando combustíveis nas rodovias por ano, diminuindo a quantidade de
congestionamentos, acidentes e a emissão de CO2.
Já a Operação Sul, que compreende os estados de Porto Alegre, Santa Cata-
rina, Paraná e um trecho de São Paulo, registrou crescimento de 19% no volume
transportado no primeiro trimestre de 2018. Os principais destaques foram o au-
mento no volume de soja e o crescimento no volume de combustíveis e operações
de celulose, resultado de melhorias nas condições operacionais. A VLI é a controladora da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e do tramo norte
da Ferrovia Norte-Sul (FNS). A concessionária está atualmente aprimorando a
Gestão Total do Atrito (GTA) e será, a partir de 2019, a empresa brasileira de
logística com maior número de sistemas fixos eletrônicos de GTA nas duas ferro-
vias sob sua gestão (FCA e FNS).
Esse aparato é formado por dois tipos de equipamentos, os lubrificadores
de trilhos e os aplicadores TOR. O primeiro libera graxa nos frisos das rodas dos
vagões e permite a distribuição da substância por até 4 mil km. Já os TOR’s ga-
rantem a dispersão de um componente para modificar o atrito entre rodas e
trilhos oferecendo mais aderência. O alcance também é de 4 mil km. Em ambos
os casos, os equipamentos são acionados por sensores magnéticos mediante a
passagem dos vagões.
Já são 88 aparelhos em operação e até o fim do ano que vem serão mais
de 200 equipamentos e, em 2022, mais de 300 estarão distribuídos nos três
corredores logísticos de maior densidade de tráfego.
Trechos da FCA ainda passam por modernização. Na região de Ribeirão Pre-
to (SP), por exemplo, terá até o fim do ano 50 km novos. O serviço contempla a
troca dos dormentes, a substituição de trilhos, a renovação de lastro e a correção
geométrica da via. Com a conclusão desse trecho a região passará a contar com
mais de 150 km com dormentes de concreto e, no ano que vem, novos trechos
serão contemplados.
Além disso, o corredor Centro-Leste que conecta o interior de Minas Gerais
até o porto de Tubarão (ES) também terá trechos contemplados pela troca de
dormentes de madeira por dormentes de concreto.
Organizada em forma de holding, a VLI é gerida por um Conselho de Admi-
nistração e tem como acionistas: Vale (37,6%), Brookfield (26,5%), Mitsui (20%)
e FI-FGe TS (15,9%).
O tramo norte da FNS possui 720 km de linha férrea entre Açailândia (MA)
e Porto Nacional (TO). Apresenta-se como uma importante rota de exportação
de cargas das regiões Centro-Oeste e Nordeste, por sua conexão com a Estrada
de Ferro Carajás, da Vale, cujos destinos são o Terminal Marítimo de Ponta da
Madeira e o Porto do Itaqui, ambos em São Luís (MA).
Já a FCA conta com 7.220 km de extensão. A ferrovia passa por 316 muni-
cípios, em sete estados brasileiros (Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro,
Sergipe, Goiás, Bahia, São Paulo) e Distrito Federal. É o principal eixo de integra-
ção entre as regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. Destaca-se como uma
rota importante para o fluxo logístico de carga geral, por meio de suas co