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Expansão da Estrada de Ferro Carajás é concluída
Com obras iniciadas em 2012, o projeto de expansão da Estrada de
Ferro Carajás (EFC) foi finalmente finalizado, com 542 Km duplicados.
Com o fim dos trabalhos, a capacidade de transporte a ser alcançada é de
230 milhões de t/ano.
O escopo principal da obra de Expansão da EFC foi a duplicação de
578 km, renovação de 226 km do ramal existente, construção de 42 pon-
tes e 48 viadutos, uma ponte rodoviária e seis viadutos ferroviários.
A duplicação tem objetivo essencial de atender ao Programa S11D da
Vale, que incluindo mina, usina e sistema logístico.
Os investimentos na expansão no Programa S11D foi da ordem de
US$ 14,3 bilhões, sendo US$ 6,4 bilhões aplicados na implantação da
mina e da usina e US$ 7,9 bilhões no sistema logístico, que compreende
a construção de um ramal ferroviário de 101 km, expansão da Estrada
de Ferro Carajás (EFC), com obras no Maranhão e Pará, e ampliação do
Terminal Ferroviário e Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís (MA).
O investimento na expansão da capacidade logística da Vale também
incluiu a construção de um moderno complexo de oficinas de manuten-
ção, localizado no Terminal Ferroviário de Ponta da Madeira. As novas
oficinas de locomotivas e vagões foram inauguradas em maio de 2016 e
ocupam uma área de 20 mil m² dentro do empreendimento.
O complexo adota tecnologias inéditas, capazes de tornar o ciclo de
manutenção preventiva e corretiva da frota ainda mais eficiente. Hoje, são
quase 20 mil vagões e 220 locomotivas utilizados para fazer o transporte
de minério de ferro entre os Estados do Pará e o Maranhão.
Utilizando conceito de “pit stop”, as novas oficinas garantem
Execução ousada
A Construtora Aterpa executou para a Vale a duplicação da Ferrovia de Carajás no
Estado do Maranhão, no trecho compreendido entre os municípios de São Luís e Santa
Rita, com uma extensão de 47 km. O escopo do contrato compreendeu a execução de
toda terraplenagem, com volume de cortes de 1.612.000 m³, tratamentos de solos com
baixa resistência, quatro viadutos rodoviários, um viaduto ferroviário, duas pontes, in-
fraestrutura de sinalização, drenagens, além de toda a superestrutura ferroviária.
Os maiores desafios da obra foram a execução dos serviços ao lado da linha em
operação com afastamento de 5,0 m; tratamento de solos com baixa resistência utili-
zando colunas de areia ensacadas (Ringtrac), reforços com geogrelhas e drenos fibroquí-
micos, além da instrumentação e monitoramento geotécnico ao longo de toda a obra;
execução das fundações em estacas escavadas com diâmetro de 1.400 mm na ponte
sobre o Estreito dos Mosquitos, com variações de maré superiores a 4,0 m; montagem
e lançamento de 697,4 t de estrutura metálica da ponte sobre o Estreito dos Mosquitos
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eficiência à operação da Estrada de Ferro Carajás (EFC).
O complexo de oficinas do Terminal Ferroviário de Ponta da Madeira
inclui um novo Posto de Inspeção e Abastecimento de Locomotivas (PIAL),
o Complexo de Troca de Rodeiros (CTR) e ainda o Complexo de Manuten-
ção de Rodeiros (CMR). Em cada local desse é realizada uma atividade
diferente do processo de manutenção.
O processo funciona da seguinte forma: os trens com 330 vagões
vindos de Carajás, no sudeste do Pará, são separados em blocos de 110
vagões para facilitar a descarga. Enquanto o minério é retirado, as loco-
motivas seguem para revisão no PIAL, que tem capacidade para atender
até 12 locomotivas simultaneamente. Além de uma maior integração dos
processos, o principal benefício foi a redução do tempo de preparação das
locomotivas para uma nova viagem, que pode durar até 90 minutos. Este
é o novo conceito de “pit stop” implantado.
Depois de descarregados, os vagões são conduzidos pelas locomo-
tivas já revisadas e abastecidas até o Centro de Troca de Rodeiros. O
rodeiro integra rodas, rolamentos e eixo e permite a movimentação do
vagão sobre os trilhos. No CTR, os rodeiros que precisam de manutenção
são retirados e trocados por outros em perfeitas condições de uso. O
Centro tem capacidade de atender até 2 mil vagões/dia. Neste novo
método, que dura até 15 minutos, não há mais necessidade de separar o
vagão com o rodeiro danificado do bloco, como era feito antes. A troca
com o bloco integrado diminui o tempo de parada na manutenção.
Os rodeiros que precisam de manutenção são enviados ao Centro
de Manutenção de Rodeiros, outra grande oficina do complexo. Aqui,
equipamentos de última geração realizam o reparo necessário, deixando
o rodeiro apto a ser utilizado em novas viagens. Locomotiva abasteci-
da e revisada, rodeiros trocados, chega a hora de montar o trem que
seguirá viagem até Carajás. O sistema utilizado pela Vale para garantir
alta capacidade de transporte é chamado de Locotrol. Nele, utiliza-se
três blocos com 110 vagões mais três locomotivas alocadas em longo
da composição. Com esse formato, os trens chegam a ter 3,5 km de
extensão, os maiores em circulação regular no País.
Em 2017, a EFC movimentou um total de 175,8 milhões de t de
cargas (minério de ferro, grãos e combustível), um acréscimo de 12%
em relação a 2016. Destaque para o minério de ferro, principal produto
transportado na EFC, totalizando 171,5 milhões de t no período.
pelo método de empurramento; e execução de seis travessões universais (TU´s).
No entanto, a maior conquista foi atingir a impressionante marca de cerca de
6.000.000 HHT (seis milhões de horas-homens-trabalhadas) sem acidentes com afas-
tamento, em uma obra que chegou a ter até 1.302 colaboradores diretos e mais de 320
subcontratados em seu pico.
A obra foi concluída estritamente dentro do prazo contratual, tendo sido liberada
para utilização pela Vale no dia seguinte de sua finalização em 1º de setembro de 2017.
O sucesso da obra, reforça o posicionamento da Construtora Aterpa na execução de
projetos complexos, o que pode ser verificado na própria região, onde foram executadas,
concomitantemente, as obras de Duplicação da BR -135/MA, que contemplou além dos
trabalhos de terraplenagem, pavimentação, drenagem, obras de arte especiais e rema-
nejamento da ferrovia Transnordestina, numa extensão de 18 km, tendo como parte do
escopo o tratamento de solos moles com a execução de 1.200.000 m de coluna de brita,
diâmetro 0,80 m, podendo ser considerada a maior obra executada com esta metodolo-
gia no País, com equipamentos próprios e importados para este fim.