M o
b ilidade
U r
b a n a
Etapas complexas superadas para levar o trem até o Aeroporto de Guarulhos (SP)
Augusto Diniz – Guarulhos (SP)
Em um segmento de 12,2 km de linha férrea, foram feitas quatro
grandes obras de arte em trechos críticos, além de trabalhos na via per-
manente elevada que exigiram alta capacidade técnica. Essas complexas
execuções foram realizadas na construção da Linha 13-Jade, da CPTM,
que liga a capital paulista ao aeroporto de Guarulhos (SP).
A obra, que teve início em 2013 e custo estimado de cerca de R$
2,2 bilhões, foi dividida em quatro lotes. Os lotes 2 e 4 ficaram a car-
go do Consórcio CST, composto pela Consbem (líder - 33,34%), Serveng
(33,33%) e Tiisa (33,33%). Esses lotes envolviam 6,5 km de via permanen-
te elevada (total de 6,3 km) e uma estação (Aeroporto) – os outros dois
lotes (1 e 3) ficaram a cargo do Consórcio HFTS Jade – composto pelas
empresas Heleno e Fonseca, Trail, Spavias -, que incluíam as execuções na
estação existente Engenheiro Goulart (de onde parte a linha 13), trecho
em superfície, trecho elevado de 1,5 km próximo à estação Cecap, em
Guarulhos, e a construção dessa estação.
O escopo do consórcio CST envolvia obras e serviços de engenharia,
com fornecimento de materiais e equipamentos. Isso contemplou toda
estrutura desde a fundação, infraestrutura ferroviária e rede aérea, além
de obras civis, redes de água e esgoto, circuito interno de TV, escadas ro-
lantes, elevadores, e outros itens, na estação Aeroporto.
A linha elevada permanente, basicamente paralela às rodovias Ayrton
Senna e Hélio Smidt, foi construída com vigas, pré-lajes e placas de fecha-
mento pré-fabricadas, produzidas em um canteiro especialmente monta-
do para produção das peças. Fundações (hélice contínua, raiz e estacão),
blocos, pilares, travessas e lajes foram executados in loco.
A equipe da obra cita a fundação como um dos grandes desafios supe-
rados, uma vez que a execução de estacas raiz se deu em trechos de várzea
e período chuvoso; estacas escavadas com fluido estabilizante e diâmetros
variando entre 1,6 m e 2,0 m atravessaram camadas de solo com alta capa-
cidade de suporte e até rochas de resistência na ordem de 120 a 200 MPa.
Outro desafio da obra foi a execução de blocos de fundação de grande
dimensão (13,30 m x 13,30 m x 4,50 m – no viadutos e cavaletes; e 16,30
m x 20,80 m x 4,00 m – no viaduto estaiado) em apenas uma etapa de
concretagem, controlando as tensões térmicas e o calor de hidratação
através da aplicação de concreto com gelo.
As quatro principais obras de arte que envolveram construção de
pontes no método balanço sucessivo são: a ponte sobre o rio Tietê e sua
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várzea e os viadutos de transposição das rodovias Ayrton Senna, Dutra e
Helio Smidt.
Além dos viadutos com vão de 120 m, ainda foram construídos simul-
taneamente outras sete obras seguindo a técnica de balanços sucessivos.
Estas obras, chamadas de cavaletes, possuem comprimento de 166 m e vãos
centrais de 70 m, tendo fechamento de extremos com vigas pré-moldadas
apoiadas sobre dent