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s p i t a l
Nove de Julho dobrou a área construída — com
os serviços médicos em funcionamento
Augusto Diniz
Um dos maiores grupos hospitalares do País, a Rede Ímpar,
realizou a ampliação de seu hospital, o Nove de Julho, em São
Paulo (SP), conduzindo uma série de trabalhos de engenharia
de complexa execução, sem interromper as operações do es-
tabelecimento. Quem conta são os engenheiros do hospital
Márcio Grossman e Wanderley Silva, e Antonio Carlos Mar-
chini Jr., diretor de Obras da Afonso França.
Para se entender o que se passou por lá, é preciso relatar
as obras de ampliação promovidas recentemente no hospital –
que estavam previstas de serem concluídas em maio de 2018.
Destaca-se que o estabelecimento localiza-se numa região al-
tamente adensada da capital paulista, na rua Peixoto Gomide.
PRIMEIRA OBRA
De 2014 a 2016, a construtora Afonso França construiu
na mesma rua, ao lado da edificação hospitalar existente, um
prédio de 17 andares, sendo oito subsolos, um térreo com pé
direito duplo e mais oito pisos. A metragem da área construída
foi de 20 mil m².
Além de estacionamento no subsolo, o prédio passou a
comportar 120 apar-
tamentos para pacien-
tes. De acordo com a
construtora, os andares
foram executados com
estrutura convencional
de concreto armado. A
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principal dificuldade foram os subsolos, cuja escavação, escoa-
mento de resíduos e concretagem tiveram que conviver com um
desnível de 25 m entre a rua Peixoto Gomide e a movimentada
avenida 9 de Julho abaixo, com atenção dobrada para evitar
danos aos prédios da vizinhança e as questões relacionadas à
logística no quadrilátero.
SEGUNDA OBRA
A partir de 2016, deu-se inicio a segunda grande inter-
venção dentro do projeto de ampliação do hospital. Um an-
tigo prédio de 15 andares pertencente ao hospital – usado
como área administrativa – foi demolido.
A demolição iniciou-se em janeiro de 2016 e foi con-
cluída em julho do mesmo ano. A Afonso França, também
responsável pela obra, explica que cada parte era alvo de
um estudo profundo antes da demolição por que as outras
edificações do complexo hospitalar mantiveram-se em ple-
na operação.
A construtora conta que a demolição foi mecanizada com ro-
bôs, e controlada para garantir a segurança do hospital existente
e em funcionamento, da circunvizinhança e
dos passantes, além de operação silenciosa
para não perturbar os pacientes e vizinhos.
Assim, a técnica de demolição adotada foi
realizá-la com máquinas de dentro da estru-
tura, andar por andar, de cima para baixo. As-
sim, reduziria consideravelmente o impacto.