D e
s t a q u e s
/ O b
r a s
E s
pe c i a i s
Inovação no laboratório da nova fonte de luz síncroton
O know-how da Temon em obras de missão crítica legitimou
sua participação na construção do laboratório de 68 mil m² de área
construída, que abrigará o Projeto Sirius – nova fonte de luz síncro-
tron de quarta geração, desenvolvido pelo Laboratório Nacional de
Luz Síncrotron (LNLS), o mais moderno da América Latina.
A Temon está à frente do desenvolvimento dos projetos execu-
tivos de instalações em Revit (tecnologia 3D), com a compatibiliza-
ção da tecnologia para a geração automatizada da planta, além de
fornecimento de materiais, equipamentos e mão de obra especia-
lizada para execução dos sistemas elétricos, especiais, hidráulicos e
de combate a incêndio do local.
O laboratório, concebido pelo Centro Nacional de Pesquisas em
Energia e Materiais (CNPEM), foi planejado para ser uma dos mais
avançados do mundo e está sendo desenvolvido na sede do CNPEM,
em Campinas (SP). A partir do Sirius será possível desvendar a estrutu-
ra atômica e molecular dos
diferentes materiais, ilumi-
nando-os com os variados
tipos de radiação presentes
na luz síncrotron.
Para a Temon, fazer
parte de uma concepção
única como o Sirius, refor-
ça o DNA da empresa de
investir constantemente
em tecnologia de ponta e no que há de mais moderno para a exe-
cução de todas as suas obras e serviços.
A conclusão desta obra está prevista para o segundo semestre
deste ano, período em que marcará o início da instalação dos equi-
pamentos responsáveis pela geração da luz síncrotron.
Estação na Antártica resiste a ventos de 200 km/h
A Estação Antártica Comandante Ferraz foi instalada em
1984 na ilha Rei George, na Antártica, sendo a base de pesquisa
do Brasil no continente. No entanto, em 2012, foi atingida por
um incêndio que consumiu aproximadamente 70% da área da
estação. Com isso, houve a necessidade da reconstrução.
A nova estação, a ser entregue nesse primeiro trimestre do
ano, tem área de aproximadamente 4.500 m², com capacidade
para abrigar 64 pessoas entre pesquisadores e membros da Mari-
nha do Brasil, responsáveis pelo projeto de pesquisa na Antártica
(PROANTAR), que realiza pesquisas sobre temas como a vida ma-
rinha, a atmosfera, os efeit os das mudanças climáticas na Antár-
tica e suas consequências globais.
Perspectiva da nova estação
O design da estação leva em consideração a topografia e par-
ticularidades de sua localização. Foi projetada para resistir a ven-
tos de até 200 km/h. Sua construção modular, com utilização de
containers que foram fabricados especificamente para o projeto,
possui diversas camadas para proteção mecânica, acústica, tér-
mica, além da resistência ao fogo que varia de 60 a 120 minutos
dependendo do local da estação.
A estação é dividida em blocos que estão, em sua maioria, em
uma cota elevada para permitir o fluxo de água no solo, que ocor-
re normalmente nos períodos de verão, devido ao degelo da neve.
Os containers ficam envolvidos por estruturas metálicas cons-
tituídas de ligas especiais capazes de suportar as temperaturas
extremas do local. Por fim, há uma camada envoltória constituída
por duas chapas metálicas com preenchimento de poliuretano
para garantir a proteção contra os ventos e isolamento térmico.
Um dos grandes desafios deste projeto é a logística. Realizar
um projeto deste porte em um local tão distante e remoto traz
grandes barreiras para transporte de material e pessoas.
A realização da montagem da estação ocorre apenas durante
o verão austral, quando as temperaturas e condições ambientais
permitem o trabalho externo. Assim, qualquer falha no planeja-
mento pode resultar em um atraso significativo para a finalização
da estação.
A primeira etapa construtiva do projeto foi realizada entre de-
zembro de 2016 e março de 2017.
Nesta etapa, 72 trabalhadores foram mobilizados ao local
para a construção das bases de fundação da futura estação.
Um navio foi utilizado para transportar os materiais e equi-
pamentos da China para a Antártica, que inclui todo material
necessário para o verão, como containers para montagem de
um alojamento provisório, estação provisória de tratamento
de esgoto, alimentação, além de equipamentos como guin-
dastes, blocos de concreto e estrutura metálica que compõem
a fundação da estação.
Ao longo de 2017 foram fabricadas na China as demais es-
truturas metálicas e containers, que foram montados durante o
verão de 2017/2018.
A empresa que realiza a obra é a EPC Construções. O valor
aproximado do projeto é de US$ 5 milhões.
www.revistaoempreiteiro.com.br | 33