Edição 566 Fevereiro/Março 2018 | Page 10

F ó r u m d a E n g e n h a r i a / I n v e s t i m e n t o s Anglo American informa o cronograma de obras da Etapa 3 do Minas-Rio Depois de obter as licenças prévia e de instalação para a Etapa 3 do Sistema Minas-Rio, a Anglo American começa a cumprir o cronograma das obras iniciando pelas atividades pre- paratórias, momento em que acontece a remoção da camada superficial do solo, a construção de estradas e a preparação das frentes de lavra, para posterior entrada de equipamentos de grande porte. Estas obras da Etapa 3 estão previstas ainda para o primeiro semestre desse ano. Em seguida, virão as obras principais, que compreendem o aumento da cava da mina, a instalação de diques de contenção de sedimentos, o alteamento da barragem de rejeitos, a expan- são da pilha de estéril, a instalação do platô de apoio operacio- nal e a instalação de nova flotação. No caso do alteamento da barragem de rejeitos, as seguin- tes obras serão iniciadas em 2018: maciço principal; dique de sela 1, dique de sela 6 A e dique de sela 6 B. Em 2019 e 2020, a principal obra será o maciço principal do alteamento da barra- gem. Em 2021 e 2022, serão finalizados os trabalhos no maciço principal da barragem, assim como os diques de sela 1, 6 A, 6 B, 3, 8 A e 8 B. Os diques de contenção de sedimentos 3, 4 e 5 serão feitos ao longo dos quatro anos. No alteamento da barragem, será realizada a instrumen- tação geotécnica, onde serão instalados marcos topográficos, medidores de nível, medidor de vazão e piezômetros. Novos leilões de rodovias e aeroportos têm mais chances de ocorrer, avalia consultor Em meio a um ano com expectativa do mercado em relação às eleições, o consultor Luiz Antonio Pires Macedo, da Rio Bravo Advisory, acredita ainda que leilões do governo federal na área de infraestrutura possam ocorrer em rodovias e aeroportos. Tanto um setor como outro têm já estruturas prontas, com as demandas concentrados em melhorias e ampliações, o que facilita a atração da iniciativa privada, que passa a depender menos de autorizações para execução dos trabalhos e de vultosos investi- mentos. Segundo ele, há ainda em rodovias o fato de grandes players já estarem atuando no Brasil ou interessados em aportar por aqui, com capacidade financeira, o que é positivo para a área – e o go- verno federal tem trabalhado para realizar novos leilões de conces- são de rodovias esse ano. No que tange aos aeroportos, o consultor explica que o gover- no tem também adiantados estudos de concessão no setor. Basica- mente, o governo trabalha com dois projetos de seção à iniciativa privada da operação de aeródromos: um envolvendo Congonhas, em São Paulo (SP), e outro, um pacote de aeroportos no Nordeste. A questão das ferrovias é mais delicada. Luiz Antonio analisa que nesse setor, somente com a participação ativa de investimentos pú- 10 | | F e v e r e i r o / M a r ç o 2018 Planta da mineradora em Conceição do Mato Dentro (MG) BARBOSA MELLO É A PRINCIPAL CONTRATADA Com a autorização de ampliação do Sistema, a mineradora po- derá elevar a produção para 26,5 milhões de t/ano de minério de ferro. O investimento estimado é de R$ 1 bilhão. As obras da fase 3 do projeto Minas-Rio devem gerar no pico cerca de 800 empregos. A principal empresa contratada para condução das obras é a Barbosa Mello. A Anglo American espera obter a Licença de Operação (LO), que permitirá que o empreendimento comece a operar efetivamente, no segundo semestre de 2018. O projeto está sediado em dois municípios de Minas Gerais: Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas. blicos é que se poderia fazer caminhar os projetos nesse campo, pois os riscos são bastante consideráveis para a iniciativa privada. Na área de portos, mesmo com a aprovação de nova Lei há cinco anos, o especialista vê os investimentos ainda tímidos nesse setor e não tanto quanto o esperado. Com relação à energia, o consultor avalia que com as dificulda- des de desenrolar os projetos hidrelétricos na Amazônia, único local ainda com aproveitamento hidráulico disponível no País para gera- ção de grande potência, acabam impulsionando projetos de energia eólica, solar e termoelétrica. Ele crê que os custos altos de se construir na região Norte e as questões ambientais fazem com que os riscos sejam elevados para o investidor. Assim, eles partem para outras matrizes energéticas. Por outro lado, os custos de desenvolvimento de usinas eólica e solar vêm caindo de preço, fazendo com que energia gerada e vendida saia com custo cada vez mais baixo, afirma Luiz Antonio. Já a questão das térmicas, ele aponta que o próprio governo tem as incentivado, para dar mais segurança ao sistema de energia elétrica no País. O consultor também avalia que os chineses continuarão in- vestindo em energia por aqui, principalmente em geração e trans- missão, onde eles conseguem preços competitivos em materiais e equipamentos necessários de serem adquiridos para construção e operação, em aquisições feitas na própria China e trazidas ao Brasil. (Augusto Diniz)