Edição 562 Julho/Agosto revistaOE562_V2b_11OUT | Page 68
de água, de efl uentes e água para caldeira (Veolia Water Te-
chnologies). A planta química fi cou sob a responsabilidade da
AkzoNobel.
A Time-Now Engenharia também foi contratada nesse pe-
ríodo e desde então vem atuando como gerenciadora de cons-
trução e montagem da segunda linha de produção de celulo-
se da fi bria, abrangendo as áreas de gestão da implantação,
planejamento e riscos, qualidade, administração de contratos,
logística, comissionamento, engenharia, apoio a suprimentos,
um novo viveiros de mudas, um túnel off-road, o terminal in-
termodal e o terminal portuário.
BALANCE-OF-PLANT (BOP)
O engenheiro Mauricio Miranda Pereira explica que para a
construção da segunda linha de produção da Fibria, foi necessá-
ria a contratação de uma empresa que pudesse fazer o projeto e
o gerenciamento do balance-of-plant (BOP), para que as ilhas e
a infraestrutura fossem interligadas dentro do empreendimento
com sucesso e assegurasse a operação da planta no prazo.
Nesse caso, foi contratata a Pöyry para o desenvolvido do
BOP na modalidade EPCM (engineering, procurement and cons-
truction management). Assim, a multinacional fi nlandesa de
serviços de engenharia gerenciou 14 empresas especifi camente
nesta iniciativa.
A Fibria manteve estreito contato com a Pöyry, principal-
mente nas defi nições na fase de engenharia, face aos compro-
missos assumidos e a necessidade de viabilizar o cronograma,
além de busca de alternativas técnicas que reduzissem ao má-
ximo os custos de implantação do projeto.
Segundo a projetista, uma das soluções adotadas no projeto
para a redução de custos foi aumentar o vão entre as linhas
de centro dos pilares de concreto dos pórticos de tubulação
(pipe rack) para 24 m, e reduzir o comprimento dos módulos
metálicos que suportam as tubulações para 18 m. Com essa
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confi guração, obteve-se uma redução de custo de implantação
da obra civil e metálica do pipe rack em cerca de 20%.
Outro trabalho que a empresa de engenharia destaca do BOP
envolveu os turbos geradores, com capacidades de 149 MW (TG3)
e 126 MW (TG4), que fi cam abrigados em um prédio e de onde é
distribuída a energia para as demais subestações localizadas na
planta. De acordo com a Pöyry, foram estudadas várias alternati-
vas de layout e a que trouxe mais vantagens foi a de se colocar os
TGs em paralelo, diminuindo as dimensões do prédio, o que pos-
sibilitou uma redução de custo nas obras civis da ordem de 6%.
A Pöyry também foi responsável pelo projeto e gerenciamen-
to da implantação dos compressores, chillers de água gelada,
chaminés, torres de resfriamento da evaporação e utilidades,
sistemas de óleo diesel e combustível, geradores de emergência,
lagoa de água pluvial, células de rejeitos industrial e orgânico,
captação de água bruta, adutora de água bruta, emissário de
efl uente tratado, iluminação externa, sistemas de ar condiciona-
do, detecção e combate a incêndio, pistas de acessos leste e oes-
te, adequação dos non process buildings, obras de urbanização,
paisagismo, sinalização vertical e horizontal.
AUTOSSUFICIÊNCIA EM GERAÇÃO DE ENERGIA
A unidade da Fibria em Três Lagoas possui autossufi ciência
energética. Toda a energia consumida é gerada na própria fá-
brica, por meio de biomassa proveniente de cascas do eucalip-
to e biomassa líquida resultante do processo indwustrial. Com
o aumento da capacidade de produção, o complexo industrial
passará a ter um excedente de 130 MWh, que será disponibili-
zado no sistema elétrico nacional.
ESCOAMENTO DA PRODUÇÃO
Um túnel foi escavado por debaixo da rodovia BR-158 li-
gando áreas fl orestais da Fibria próximas à unidade industrial da
empresa. Isso permitirá que caminhões penta trens (com cinco