Edição 562 Julho/Agosto revistaOE562_V2b_11OUT | Page 44

Fraport, Zuric� e Vinci deslanc�am obras em 2018
Usina de asfalto eficiente
a e r o P o r t o s / C o n C e s s ã o
Fraport, Zuric� e Vinci deslanc�am obras em 2018
Os quatro aeroportos concessionados à iniciativa privada em março desse ano passa hoje por trabalhos emergenciais. A expectativa é de que no início de 2018 comecem as principais obras previstas em contrato envolvendo terminais, pistas, pátio e estacionamento.
O Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre( RS), sob a gestão do grupo alemão Fraport AG Frankfurt por 25 anos, tem como obras previstas a ampliação do terminal de passageiros e do pátio de aeronaves, ampliação da pista de pousos e decolagens para 3,2 mil m, e aumento de vagas de estacionamento. A previsão de investimentos é de, no mínimo, R $ 1,902 bilhão.
O terminal de passageiros passará dos atuais 40 mil m ² para 70 mil m ². A ampliação do pátio de aeronaves prevê 14 pontes de embarque e oito posições remotas. O estacionamento será aumentado para 4,3 mil vagas.
A ampliação da pista de pousos e decolagens do aeroporto é uma das obras mais esperadas, com aumento de 920 m, de 2.280 m para 3,2 mil m.
O aeroporto que atende a capital gaúcha tem capacidade para 15,3 milhões de passageiros / ano, mas o número hoje é menor que este. Porém, a previsão para 2042, ou seja, 25 anos depois da concessão, é de o volume aumentar para 22,84 milhões de passageiros / ano.
O Aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis( SC), sob concessão durante 30 anos da suíça Zurich, terá como um dos primeiros trabalhos a construção de um novo terminal de passageiros nos dois primeiros anos de contratos, perfazendo 66 mil m ² de área construída- nesse período, serão desembolsados R $ 618 milhões em obras.
A concessionária terá também que investir em um novo estacionamento, previsto ter 65 mil m ². Um novo pátio de aeronaves deverá ser feito e medirá 63 mil m ². Haverá também recapeamento e ampliação das pistas existentes e construção de novas pistas de táxi aéreo.
O terminal existente deverá se reformado para se tornar ponto de embarque e desembarque da aviação geral. Por fim, será feita a disponibilização de área de 15 mil m ² para locadoras de veículos em frente ao novo estacionamento. No total, durante o período da concessão, serão investidos R $ 988 milhões.
O Aeroporto Deputado Luís Eduardo Magalhães, em Salvador( BA), agora sob gerenciamento do grupo francês Vinci, terá investimento mínimo de R $ 2,35 bilhões durante o prazo de concessão de 30 anos. O aeródromo movimenta hoje 9 milhões de passageiros / ano, mas no final do concessão esse número poderá alcançar 39,9 milhões de passageiros / ano.
Entre os trabalhos principais a serem realizados estão ampliação do terminal de passageiro, do estacionamento e do pátio de aeronaves. Na primeira fase de obras, novas 17 pontes de embarque serão instaladas, além de 10 posições remotas.
Há previsão também de construção de nova pista de pousos e decolagens, com 2.160 m. O contrato prevê a revisão e melhoria do sistema de iluminação do complexo, revisão dos sistemas de climatização, escadas rolantes, esteiras rolantes, elevadores e esteiras para restituição de bagagens, e correção de falhas em paredes, pisos e forros( inclusive área externa) nos prédios existentes. A reforma do terminal existente aumentará a sala de embarque de 218 m ² para 573 m ².
A alemã Fraport AG Frankfurt também levou a concessão por 30 anos do Aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza( CE). Os investimentos previstos são de R $ 1,4 bilhão.
Entre os principais trabalhos a serem realizado está a ampliação do terminal de passageiros. Hoje, o aeródromo processa 5,6 milhões de passageiros / ano, mas até o final da concessão deverá ter a capacidade de receber 29,2 milhões de passageiros / ano.
Todo o sistema de bagagem será renovado. O aeroporto deverá ter 12 pontes de embarque – atualmente possui sete. Depois, mais duas serão implementadas.
A pista de pouso e decolagem será ampliada de 2.545 m para 2.755 m. Já o pátio terá que acomodar no total 21 aeronaves – hoje são 16.

Usina de asfalto eficiente

Para trabalhar no aeroporto de Vitória( ES), o consórcio composto pela Jota Ele, EXXA e Basalto fez a aquisição da usina de asfalto ACM 140 Prime abastecida com o combustível a gás GLP líquido, da Ammann. A obra de ampliação do aeródromo capixaba conta com mais de 800 pessoas trabalhando em diversas frentes para entregar tudo pronto até o final de 2017 a Infraero.
Na frente de trabalho de fornecimento de massa asfáltica, a usina de asfalto ACM 140 Prime tem produção média diária de 1.300 t( sem intervenção de intempéries externas, a taxa de produção pode alcançar 2.100 t / dia). Esse material está sendo aplicada em novos acessos viários internos, pistas de taxiamento de aeronaves, além da nova pista de pouso e decolagem principal com 2.058 m de comprimento( 300 m a mais que a atual) e 45 m de largura. O volume final de aplicação asfáltica é de 260 mil t.
Essa meta mostra a alta produtividade da usina de asfalto ACM 140 Prime, tornando-se um diferencial competitivo em termos de produtividade, aliada a economia de combustível, em uma obra dessa importância.“ A usina de asfalto está contribuindo para que o cronograma da obra esteja em dia. Nesta fase do cronograma o equipamento é responsável pela usinagem de massa asfáltica tipo PMQ( pré-misturado a quente), que possui característica drenante e massa asfáltica tipo Binder, sendo esta a camada de ligação com a camada de rolamento. A usina é responsável pela usinagem de massa asfáltica aditivada com polímero SBS”, comenta João Luiz Felix, presidente da Jota Ele.
O equipamento é diferenciado em termos tecnológicos e de fácil visualização das aplicações, como a separação dos processos de seca- gem e mistura, o que garante a qualidade da mistura asfáltica e o controle da emissão dos gases de exaustão. O tambor secador funciona dentro de câmara completamente isolada termicamente e não há qualquer risco de contaminação do ar com vapores adicionais de asfalto ou finos. O misturador se encontra separado do processo térmico, permitindo ajustar assim o processo de mistura de forma ideal à operação de mistura. O queimador é projetado para aproveitamento máximo de combustível com baixo nível de poluição.
A usina de asfalto ACM 140 Prime tem se mostrado um equipamento robusto, eficiente, econômico, com alta produtividade, extremamente amigável em termos de ooperacionalidade, comentam os engenheiros civis Diego Weber, responsável por usinas de asfalto e por pavimentação, e Fabiano Ricardo de Luca, responsável por infraestrutura na obra.
O engenheiro Eudier Antônio Silva salienta ainda a qualidade da mistura asfáltica que está sempre de acordo com as especificações de projeto, o que é comprovado pela Consulpavi Engenharia, empresa responsável pelo controle de qualidade. Eudier explica que são extraídos diariamente nove corpos de prova, três por turno de trabalho e que o resultado das análises são os melhores possíveis, com variação mínima em relação ao projeto( muito abaixo das faixas limítrofes), contribuindo ainda para uma economia em torno de 30 % em relação ao consumo de óleos combustíveis pesado neste mesmo tipo de equipamento.
42 | | Julho / Agosto 2017