Edição 562 Julho/Agosto revistaOE562_V2b_11OUT | Page 38
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Leilão da lin�a 5 será no final de setembro
O leilão da concessão da Linha 5–Lilás do
metrô de São Paulo está agendado inicialmen-
te para o dia 28 de setembro. Hoje, o ramal
opera entre as estações do Capão Redondo e
Adolfo Pinheiro, mas há obras de extensão da
linha. O leilão inclui também a inacabada Linha
17–Ouro, com operação em monotrilho e que
também fi ca na Zona Sul da capital paulista.
Trabal�os na Lin�a 4 se�uem at� 2019
A segunda fase das obras da Linha
4-Amarela, em São Paulo (SP), retomadas em
agosto do ano passado, deve seguir até 2019.
A linha já opera desde 2010 sob a administra-
ção da concessionária ViaQuatro, mas quatro
estações ainda precisam ser concluídas.
A continuidade das obras desta etapa é de responsabilidade do governo do Estado
e estão sendo conduzidas pelo consórcio TC-Linha 4 Amarela, integrado pelas empresas
Tiisa e Comsa. O valor da proposta é de quase R$ 1 bilhão.
O serviço mais complexo do projeto é no pátio e na estação terminal Vila Sônia, já
que o túnel da linha até o local ainda precisa ser concluído. Além disso, o trecho será de
manobra de composições e ainda terá um terminal de ônibus.
O governo de São Paulo pretende entregar as estações Higienópolis-Mac-
kenzie e Oscar Freire ainda em 2017. Já São Paulo-Morumbi tem previsão de
inauguração em 2018 e a Vila Sônia, em 2019.
Atualmente, a Linha 4-Amarela opera da Estação da Luz ao Butantã com cinco
estações. Porém, além do aumento da extensão da linha a partir da estação Butantã,
com a construção de mais duas estações (São Paulo-Morumbi e Vila Sônia), dois pontos
de parada inativos no trecho em operação (as estações Higienópolis-Mackenzie e Oscar
Freire) precisam ainda ser inaugurados.
Obras de arte de excelência no Peru
A entrega da terceira ponte ao ProVias Nacional – Ministério de Trans-
portes e Comunicação do Peru, representa uma conquista para o Grupo
Aterpa. Os contratos executados entre 2014 e 2016 nas cidades de Lamba-
yeque, Piura e Chiclayo, região norte do país, foram concluídos pela sucursal
dentro do prazo e dos padrões de qualidade da empresa. As expectativas
para novas demandas são altas.
As obras compreenderam a execução de três pontes, dos acessos e
ainda dos serviços de proteção das encostas. No pico dos trabalhos foram
mobilizados mais de 300 profi ssionais. “Com a demonstração da capaci-
dade técnica e operacional evidenciada nesses contratos já fomos procurados
pelas principais empresas do país e for-
mamos alianças comerciais com boas
projeções”, ressalta Júlio Salazar, diretor.
O trabalho no país sul-america-
no trouxe desafi os diferentes para as
equipes. A região árida de Piura sofreu
os impactos do fenômeno meteoro-
lógico El Niño e a área da obra fi cou
inundada por alguns dias. Já em Lambayeque foram utilizadas autoconcretei-
ras, que chegaram a registrar períodos de 36 horas de concretagem contínua.
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Os investimentos previstos são na ordem de R$ 3 bilhões, entre moderni-
zação de espaços e frota nova. O leilão não envolve a construção das novas es-
tações da Linha 5-Lilás (em andamento) e o trajeto do monotrilho (inicialmente
entre o aeroporto de Congonhas e a estação do Morumbi, com interconexão com a
Linha 9–Esmeralda, da CPTM), que são de responsabilidade do Estado.
O governo de São Paulo pretende entregar em breve as estações Alto da Boa
Vista, Borba Gato e Brooklin, da Linha 5-Lilás. Em dezembro, o trajeto deve ser
integrado à estação Santa Cruz à Linha 1-Azul e à estação Chácara Klabin da Li-
nha 2-Verde. A Estação Campo Belo, que terá conexão com o monotrilho da Linha
17-Ouro, será inaugurada no ano que vem. Ao todo, a Linha 5 custará R$ 9 bilhões.
Empresa �lobal aposta na mobilidade
A Systra é umas das multinacionais que participou do primei-
ro projeto metroviário do País. Experiente em iniciativas metro-
ferroviárias no mundo, de lá para cá a empresa esteve presente
em alguns trabalhos em solo brasileira, mas de forma esporádica.
Porém, nos últimos três anos a atuação se intensifi cou e a
Systra passou a olhar mais de perto o mercado brasileiro. ”O Bra-
sil tem enorme potencial e todo mundo sabe”, avalia o engenhei-
ro Guido Casanova, que assumiu recentemente os cargos de CEO
do Brasil e diretor-regional para América Latina da multinacional
francesa.
O executivo explica que o reforço no foco veio junto com uma
posição no grupo de expandir no mundo por meio de aquisições.
No Brasil foram compradas a Tectrans, em 2015, e a Vetec, no
fi nal do ano passado. Guido destaca que por aqui há um enorme
interesse de atuação. “Quanto o País não ganharia de produtivi-
dade com transporte efi ciente, com as pessoas diminuindo seu
tempo de locomoção entre a residência, o trabalho e a residên-
cia”, justifi ca o potencial de investimento na mobilidade nas ci-
dades brasileiras. “É um mercado promissor”.
A Systra foi fundada em 1957 e o controle acionário está
assim dividido hoje: 42% com a SNFC, estatal responsável pela
malha ferroviária francesa; 42% com a RATP, empresa adminis-
tradora dos transportes públicos de Paris e arredores; 15% com
bancos e 1% com empregados. Portanto, possui profundo conhe-
cimento de mobilidade.
A empresa tem foco hoje no Brasil em sistemas metroferro-
viários, rodovias e aeroportos. Suas atividades envolvem plane-
jamento estratégico, estudos de oportunidades e de viabilidade,
anteprojeto, projetos básicos e executivos, supervisão e acompa-
nhamento, verifi cação técnica, testes, comissionamento, opera-
ção e manutenção e monitoramento.
Entre seus projetos de mobilidade recentes na região estão o
do primeiro metrô de Bogotá, na Colômbia; o BRT de Belém (PA)
e trecho ferroviário em São Paulo da operadora Rumo. “Há uma
variedade de oportunidades, tanto na iniciativa privada como pú-
blica, e estamos olhando para todas elas. Uma hora terá que ser
feito tudo isso”, conclui. (Augusto Diniz)