Edição 562 Julho/Agosto revistaOE562_V2b_11OUT | Page 14

C e n á r I o s A import�ncia do pro�eto básico A nomenclatura de projeto executivo no Brasil, em geral, designa o es- tágio do projeto em um nível de detalhamento sufi ciente para sua execução (construção, fornecimento e montagem). Em tese, o projeto executivo deta- lha somente em nível de construção e montagem, complementando o que foi estabelecido e defi nido no desenvolvimento do projeto básico. É nessa fase que deve conter os elementos sufi cientes para a contra- tação de serviços e obras. Portanto, quando se fala em ter um projeto mais adequado para se evitar variações de preços e prazos, estamos falando em desenvolver corretamente o projeto básico. É nesta etapa que todos os conceitos são defi nidos, os levantamentos de informações básicas, bem como o planejamento para sua implantação. Nomenclatura à parte, o que efetivamente deve se perseguir são pro- jetos com informações sufi cientes sobre as condições da área em que será implantada a obra (topografi a, geologia, geotecnia, hidrologia etc.), com exequibilidade do ponto de vista do planejamento construtivo, e, obvia- mente, adequado do ponto de vista técnico–econômico. Esta obviedade tem sido ignorada pelos contratantes, seja pelos prazos que se impõem, seja pela restrição de orçamento justamente na fase mais importante do desenvolvimento do empreendimento. O resultado desta forma de conduzir o projeto está evidenciado pelas inúmeras obras e empreendimentos com problemas em seus orçamentos e nos prazos de exe- cução. Outro ponto que merece refl exão são as tabelas de preços editadas por órgãos de governo que, com o intuito de evitar abusos, acaba por ignorar as diferentes naturezas e condições dos diversos projetos, impondo- -lhes valores de referência que certamente se manifestarão inexequíveis. Embora a sociedade como um todo tenha ciência destes problemas, o caminho a percorrer para sanar estas defi ciências é longo e seu ritmo incompatível com a urgência que o tema exige. De qualquer forma, é im- portante seguirmos com os aprimoramentos necessários. *Paulo Akashi é diretor de Desenvolvimento de Negócios e Mercado da Intertechne Hist�ria desde a d�cada de 1950 Nas décadas de 1950 e 60, a Carioca era uma empresa familiar que após trabalhar por praticamente 10 anos para um só cliente, a Secretaria de Obras Públicas do município do Rio de Janeiro, começou a alçar voos maiores e a buscar novos desafi os, como a obra do enrocamento da Ponte Rio-Niterói. A década de 1970 foi marcada pelo início da expansão da Carioca para outros Estados. Com a obra da BR-367, entre Porto Seguro e Santa Cruz de Cabrália, na Bahia, a Carioca deu início a sua atuação em outras regiões. Já na década de 80, a história da construtora foi marcada pela execução de obras de grande complexidade técnica. Com a construção da Praça da Apoteose e do programa de CIEPs, no Rio de Janeiro, a Carioca demonstra sua capacidade de grandes obras de concreto armado e também de desafi os de logística e de prazo. Também foi uma década marcada pela ampliação do portfólio da empre- sa, a partir da compra da Christiani-Nielsen no fi nal dos anos 80, formando a Carioca Christiani-Nielsen Engenharia, além do início de uma expansão de atuação em outros negócios, por meio da área de incorporação imobiliária. Na década de 90 houve o desafio da unificação de duas culturas de em- presas bastante distintas (Carioca e Christiani-Nielsen), além da consolidação de uma atuação ampla no universo da engenharia, em função do acervo, já bastante extenso da Carioca, mas muito bem complemen- tado pela Christiani-Nielsen. Foi também uma década marcada pela expansão do grupo através da entrada no mercado de concessões de rodovias e saneamento, onde foram pioneiros. A década de 2000 deu-se início a um novo ciclo de crescimento da construtora, com o boom da construção, principalmen- te da metade da década em diante. Muitas obras de grande porte foram realizadas, das quais se destacam algumas portuárias, como o Terminal de GNL da Baía de Guanabara e Terminal Portuário da CSA no Rio de Janeiro; além de diversos outros projetos de complexidade técnica, como a Cidade das Artes no Rio de Janeiro e o Gasoduto Urucu-Manaus, no Ama zonas. Por fi m, na década 2010 a Carioca Christiani-Nielsen Engenharia deu continuidade à expansão, ampliando seu portfólio de atuação, para obras de metrôs e túneis: Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro, Linha 5 do Metrô de São Paulo, BRT Transoceânica em Niterói (RJ) e revitalização da Zona Portuária do Rio de Janeiro, sendo esta última a entrada da empresa em um novo modelo de negócios que é a parceira público-privada (PPP). Pioneira na inte�ridade A Construcap, depois de forte atuação em grandes obras viárias junto ao setor público, no fi nal da década de 1980 passou a atuar também no mer- cado de obras privadas. A construtora foi a primeira empresa do setor a obter a certifi cação OHSAS 18001 no Brasil, que hoje faz parte do Sistema Integrado de Gestão juntamente com as certifi cações ISO 9001 e ISO 14001. 12 | | J u l h o /A g o s to 2017 Diante de um novo período de instabilidade político-econômica, iné- dito pela profundidade e abrangência, a empresa tem envidado todos os esforços para prevenir, detectar e combater práticas contra as quais sem- pre insurgiu. O seu Programa de Integridade, que teve início ainda em 2012, quando pouco se falava sobre o tema, está embasado nas melhores práticas previstas nas leis anticorrupção brasileiras e estrangeiras, dentre elas a Lei 12.846, o FCPA e o UK Bribery Act. Com 73 anos de história, a Construcap é reconhecida como uma em- presa de engenharia competitiva, de qualidade e reputação.