Edição 562 Julho/Agosto revistaOE562_V2b_11OUT | Page 117

R A N K I N G D A E N G E N H A R I A B R A S I L E I R A

Escassez dos investimentos p�blicos faz mercado de infraestrutura recuar uma d�cada- ao n�vel de 2005

O caos fiscal provocado por uma década de gastos crescentes na área social pelo governo federal, sem a preocupação de fazer expandir a geração de receita via arrecadação— que somente seria possível se a taxa de investimentos públicos fosse mantida e se criasse empregos novos em volume suficiente, se somou à paralisação das obras e projetos da Petrobras provocada pelas investigações em torno de supostos casos de corrupção nos contratos da estatal. A queda de arrecadação na economia atingiu da mesma forma os governos estaduais e as prefeituras das principais cidades.
Resultado: o faturamento dos quatro segmentos de engenharia representados pelo Ranking da Engenharia Brasileira 2017 da revista O Empreiteiro teve queda sensível pelo terceiro ano consecutivo, recuando para o patamar de 12 anos atrás, ou seja, 2005, em valores atualizados.
As 190 maiores empresas, oriundos dos segmentos de Construção, Montagem Industrial, Projeto e Gerenciamento, e Serviços Especiais de Engenharia, somaram uma receita bruta conjunta de R $ 53,11 bilhões em 2016, recuando-33,58 % com relação ao nível de faturamento do ano anterior.
As 100 maiores construtoras viram a receita bruta cair-37 % para R $ 37,11 bilhões em 2016. As 20 maiores empresas de montagem industrial faturaram R $ 5,66 bilhões,-18,3 % em relação a 2015. As 40 principais empresas de projeto e gerenciamento tiveram queda de-34,7 % no faturamento, para R $ 4,77 bilhões nesse ano. As 30 empresas de Serviços Especiais de Engenharia que lideram este segmento atingiram R $ 5,58 bilhões em faturamento em 2016,-4 % se comparado ao exercício anterior.
46 ª PESQUISA ANUAL ENVOLVEU 3 MIL EMPRESAS
O Ranking da Engenharia Brasileira 2017 é a 46 ª edição da pesquisa anual exclusiva que a revista O Empreiteiro realiza, mobilizando cerca de 3 mil empresas nos quatro segmentos de atividades, desde 1971. É o único estudo realizado no mercado de construção e infraestrutura com essas características— que serve para medir o nível de atividade no setor através do faturamento das próprias empresas de engenharia. Um número concreto, diferente das estimativas infladas de investimento nas três esferas da administração pública.
O Ranking da Engenharia Brasileira é considerado referência principal nos próximos 12 meses e serve para embasar todos os participantes do mercado de construção e infraestrutura, começando pelas próprias empresas de engenharia, os contratantes públicos nos três níveis de governo, as concessionárias privadas e públicas nos setores de transportes, energia, saneamento, imobiliário e telecomunicações, os empreendedores privados da indústria, comércio, logística e serviços, os fabricantes e distribuidores de máquinas e materiais de construção, as prestadoras de serviços e
afins, como softwares, instituições financeiras e outras.
Cerca de 3 mil empresas que atuam em construção, projeto, montagem industrial e serviços especiais de engenharia recebem um questionário específico, cuja resposta é feita pelo website www. revistaoempreiteiro. com. br. A publicação também coleta dados através de balanços contábeis publicados na imprensa.
A série histórica que registra o faturamento desses quatro setores tem seus valores atualizados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor( INPC), com referência de 30 de dezembro de 2016, ano em que acumulou 6,58 %, segundo a Fundação Getúlio Vargas.
A série histórica se restringe aos números das 190 maiores empresas nos quatro segmentos citados— que representam as 333 firmas que participaram da pesquisa 2017, além das construtoras imobiliárias que integram a pesquisa Embraesp, publicada nesta edição.
Nesta pesquisa, as empresas de engenharia que cumprem contratos de administração de obras podem incluir o faturamento bruto equivalente à produção total realizada em 2016, desde que junte o parecer de um auditor independente- esses casos estão identificados no ranking.
As ausências de nomes conhecidos do mercado no Ranking da Engenharia Brasileira ocorrem por decisão própria das empresas ou as informações foram enviadas fora do prazo, ou ainda não se localizou o balanço contábil de 2016 publicado.
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