Ener�ia atrai ������� �lobais
Os planos de concess�es em SC
Aeroportos �an�am impulso com novas concess�es
Saneamento tem 102 pro�etos de concessão ou PPP
Ind�stria, com�rcio e serviços mant�m investimentos— de ol�o no potencial futuro do mercado
R A N K I N G D A E N G E N H A R I A B R A S I L E I R A
Ener�ia atrai ������� �lobais
A venda dos ativos da Eletrobras, Cemig e Cesp— além das termelétricas e terminais de regaseificação de GNL da Petrobras— deve atrair mais investimentos estrangeiros. Até aqui se sobressaíram as empresas chinesas China Three Gorges( CTG) e State Grid, que já investiram bilhões no País para arrematar hidrelétricas, como Ilha Solteira e Jupiá( SP); além das operadoras europeias Enel— vencedora do leilão da distribuidora Celg, por R $ 2,18 bilhões, Iberdrola e Engie( antiga Tractebel), que está vendendo suas termelétricas a carvão— Jorge Lacerda, William Arjona e Charqueadas- para se concentrar em fontes renováveis.
Já a Brookfield canadense é candidata natural de ativos. Entre as empresas brasileiras, despontam a Energisa e a Equatorial, que já tem experiência nesse tipo de negócio.
A Cemig depende da justiça para manter as hidrelétricas de São Simão, Jaguara e Miranda, que equivalem a 50 % da sua capacidade instalada, e colocou à venda ainda sua participação nas usinas de Belo Monte e Santo Antônio. Calcula-se que somam mais de 20 GW de potência as usinas que podem ser privatizadas pela Eletrobras e outras estatais— cerca de quase duas vezes a geração nominal de Belo Monte.
Os planos de concess�es em SC
O governo de Santa Catarina, que informou ter alocado cerca de R $ 5 bilhões na manutenção das rodovias estaduais, conduz estudos com o Ministério dos Transportes para incorporar trechos estaduais em concessões federais, a exemplo da BR-280 que vai integrar as rodovias Dona Francisca e a do Arroz; e a BR-470, que absorverá a Jorge Lacerda, ligando Gaspar e Blumenau à BR-101. Os estudos dessas rodovias federais devem ser concluídos este ano e os editais lançados no primeiro semestre de 2018.
Aeroportos �an�am impulso com novas concess�es
Três operadoras globais assinaram em fins de julho as concessões dos aeroportos: Fortaleza( CE) e Porto Alegre( RS) pela Fraport da Alemanha; Salvador( BA) pela Vinci da França; e Florianópolis( SC) pela Flughafen Zurich, da Suíça. Os investimentos somam R $ 6,2 bilhões nos quatro terminais. As novas operadoras são vistas pelas empresas de engenharia como forças capazes de mudar a mentalidade de contratação de obras no mercado, a favor da boa gestão, qualidade e custos que cumpram o orçamento e prazos contratuais.
Quanto aos novos leilões de aeroportos, há duas correntes de opinião no governo. O Ministério dos Transportes propõe que os aeroportos ainda operados pela Infraero sejam concedidos em dois blocos regionais, excluindo Congonhas( SP) e Santos Dumont( RJ). O primeiro bloco teria Cuiabá( MT) e quatro terminais regionais alimentadores: Rondonópolis, Alta Floresta, Sinop e Barra do Garças.
O segundo bloco é liderado por Recife( PE) e agregaria dez aeroportos da região: Maceió( AL), Teresina( PI), João Pessoa( PB), São Luís( MA), Aracaju( SE), Campina Grande( PB), Juazeiro do Norte( CE), Parnaíba( PI), Paulo Afonso( BA) e Imperatriz( MA). Estimando-se 14 milhões passageiros / ano, esse conjunto demandaria investimentos de R $ 3,5 bilhões e valor de outorga mínimo de R $ 2,2 bilhões ao longo de 30 anos. Esse novo leilão em dois blocos poderia ser realizado em 12 meses.
A equipe econômica do governo, porém, lança a ideia de se privatizar todo o sistema com 55 terminais operados pela Infraero, cujos estudos exigiriam prazo bem maior.
Saneamento tem 102 pro�etos de concessão ou PPP
Segundo a consultoria Radar PPP, há 102 projetos de concessão ou parceria público-privada( PPP) de saneamento em curso nos três níveis de governo. Em 2015 e 2016, foram realizadas 24 licitações de concessões e dois de PPP em saneamento. Dez delas estão paralisadas por motivos vários e dez estão em curso, mas apenas quatro tiveram contratos assinados. Os valores dos contratos em 21 delas atingem mais de R $ 11 bilhões; o total de investimentos previsto em 11 licitações soma mais de R $ 3 bilhões por parte das concessionárias vencedoras. Todos os projetos licitados estão no Sul e Sudeste, exceto um no Piauí. Conclusão: o desenvolvimento dos projetos enfrenta dificuldades.
Ind�stria, com�rcio e serviços mant�m investimentos— de ol�o no potencial futuro do mercado
Voltando ao início desse texto e para a opinião do empresariado em destaque, a economia se descola da política e ganha um rumo próprio. Os grupos industriais, do comércio e serviços traçam suas políticas de expansão de olho no potencial do mercado doméstico e nas exportações, quando for o caso. Quem já está instalado no País dificilmente pensa em sair. Novas empresas globais continuam a chegar.
Um monitoramento na imprensa econômica nos últimos 30 meses levantou os empreendimentos relevantes que estão no quadro na página seguinte. Os números bastam por si só.
www. revistaoempreiteiro. com. br | 113